10/02/2009 - 16h17min
Prisão de suspeitos de atentados em Camboriú repercute no Parlamento catarinense
A prisão de quatro suspeitos de cometerem dez atentados entre os anos de 2005 e 2007 contra quatro vereadores de oposição em Camboriú, no Vale do Itajaí, foi comentada pelos deputados na sessão ordinária desta terça-feira (10). Ainda no ano passado, depois de uma denúncia feita pelo ex-deputado e atual prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito (PMDB), e a pedido dos vereadores, a Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Dirceu Dresch (PT), solicitou esclarecimentos sobre a atuação de alguns policiais durante a investigação, além de exigir das autoridades da Segurança Pública a prisão dos envolvidos.
Conforme o líder do PP, deputado Kennedy Nunes, os membros da comissão ficaram assustados com o que foi dito pelos vereadores, entre as reclamações, a denúncia de que policiais civis sabiam dos atentado e, mesmo assim se omitiram de esclarecer os fatos.
Motivação política
Kennedy explicou que a prisão temporária de um dos agressores aconteceu porque ele roubou o celular de um dos vereadores e passou a usar o aparelho. “O delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Eskudlark, salientou que todos os crimes têm motivação política e que os agressores foram contratados por um ex-policial militar que trabalha como segurança do prefeito na época, Edson Olegário (PSDB)”, reforçou Kennedy, fazendo referência à matéria publicada pelo jornal A Notícia de ontem (9).
Com relação às prisões, Dresch disse estar satisfeito, pois parte do trabalho realizado durante o ano passado teve resultado agora. “A atuação conjunta dos deputados da comissão de Segurança Pública contribuiu para a resolução do caso. Agora espero que os culpados sejam punidos”, emendou.
Já o deputado Pedro Uczai (PT) parabenizou a Polícia Civil pela atuação e aguarda a intervenção do Ministério Público para que os suspeitos sejam julgados o mais breve possível. “Parabenizo a Polícia Civil por ter colocado um político como responsável pelos crimes”, acrescentou. (Denise Arruda Bortolon/Divulgação Alesc)