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25/10/2016 - 17h50min

Presidente da Amucc fala sobre as ações da Campanha Outubro Rosa 2016

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Leoni Margarida Simm, presidente da Amucc

A Campanha Outubro Rosa chega a sua oitava edição engajando, ao longo desses anos, inúmeros ativistas a participarem do "movimento mundial" em prol do combate ao câncer de mama. Entre tantas conquistas positivas em relação à interação e solidariedade das pessoas, ainda é triste a realidade em relação à saúde de muitas mulheres com diagnóstico tardio, onde 60% dos casos são descobertos quando o câncer já está avançado. Diante desta realidade, a presidente da Associação Brasileira de Portadores de Câncer (Amucc), Leoni Margarida Simm, esteve na Assembleia Legislativa de Santa Catarina para falar obre as ações do Outubro Rosa 2016.
A convite da deputada Ana Paula Lima (PT), presidente da bancada feminina e a partir de um acordo de líderes, a sessão ordinária desta terça-feira (25) abriu espaço para discussão do tema. Com o apoio dos parlamentares, Leoni manifestou em Plenário as inúmeras conquistas do movimento em prol da mulheres vítimas do câncer de mama, porém lamentou alguns aspectos que ainda prejudicam a evolução do diagnóstico precoce e de um tratamento mais rápido.
Na ocasião, Leoni falou sobre a campanha realizada em todo o mundo ao longo do mês de outubro. Segundo a presidente, a iniciativa visa estimular a luta contra o câncer de mama, conscientizando sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença. Segundo ela, o câncer de mama é considerado a principal causa de mortes de mulheres no Brasil e no mundo, atingindo também, em grau menor, os homens.
Dentro de uma triste realidade, Leoni informou que só no ano de 2016 foram diagnosticados 57 mil novos casos da doença no Brasil, 2.300 em Santa Catarina e 180 em Florianópolis. Diante dos números, ela solicitou mais empenho dos estados para com a doença que tem matado inúmeras mulheres anualmente. Em Santa Catarina Leoni pediu urgência nas obras do centro cirúrgico do Cepon, bem como agilidade nas cirurgias de reconstrução mamária. "Pra isso ainda contamos com gestos de solidariedade, mas precisamos efetivamente do apoio do estado pra avançar."
Durante as ações do Outubro Rosa de 2016, ela salientou que Santa Catarina não está cumprindo a lei que prevê o início do tratamento em até 60 dias após o diagnóstico. Esse período tem levado de seis meses a um ano, e essa demora aumenta significativamente os casos de retirada de mama, um sofrimento que poderia ser evitado para muitas mulheres.
Atenta a causa, a deputada Ana Paula destacou que a campanha vai além do alerta para os cuidados que devem ser adotados para evitar e tratar este e outros tipos de câncer. Segundo ela, a campanha deste ano cobra ações mais efetivas do poder público. “Precisamos de uma atuação mais preventiva, melhorar e agilizar o acesso aos exames e o início do tratamento. O diagnóstico e tratamento precoce possibilita 95% de chance de cura”, enfatiza a parlamentar.  

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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