Plano de desenvolvimento SC 2030 projeta nova governança para o Estado
O Plano de Desenvolvimento SC 2030, lançado nesta segunda-feira (26) no Centro Integrado de Cultura (CIC), na capital, indica, entre outros objetivos estratégicos, uma nova governança para o estado barriga-verde.
“Uma nova governança pública que consiga estabelecer um elo entre a área pública e o setor privado em alto nível, garantindo transparência, um comando que guie o navio”, explicou o ex-secretário de Planejamento, Murilo Flores, que apresentou o plano a convite do governador Eduardo Moreira.
No documento, que estará disponível para consultas e sugestões na página da secretaria (www.spg.sc.gov.br), o objetivo dessa nova governança é descrito como a capacidade de “combinar austeridade fiscal com ações seletivas voltadas ao desenvolvimento”.
Eduardo Moreira destacou a parceria dos técnicos da Secretaria de Planejamento e um grupo de professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na elaboração do plano e avaliou a importância do controle de gastos.
“O controle do gasto público é absoluto, não temos o direito de desperdiçar nada, (as finanças) estão sob controle e está faltando, então vamos continuar cortando gasto público”, afirmou.
O governador contou que nas 15 agências de desenvolvimento regionais (ADRs), extintas nos primeiros dias de sua gestão, havia 137 veículos do estado e cerca de 40 locados.
“Diárias, combustível, manutenção e não fazem falta”, declarou Moreira.
Universalização do ensino médio
O Plano SC 2030 contempla as diversas áreas da governança pública. Na educação, por exemplo, o desafio será zerar nos próximos 12 anos uma taxa de evasão escolar no ensino médio que entre 2014 e 2015 atingiu 11% das matrículas.
“O ensino médio como a condição mínima do catarinense, é possível de ser feito e muito tem sido feito”, opinou o ex-secretário.
Deslocamento do Brasil
Outro objetivo do Plano SC 2030 é o deslocamento do estado em relação ao país quando o assunto diz respeito à índices de desenvolvimento econômicos e sociais.
“Temos que descolar do Brasil e aderir ao mundo, nós podemos fazer isso, o futuro é um processo em construção, nós podemos escolher este cenário, que significa fugir um pouco dos ciclos brasileiros e se atrelar aos ciclos globais, favorecendo a expansão com a ampliação das relações internacionais”, defendeu Flores.
No caso do indicador Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda (quanto maior o índice, maior a desigualdade), o estado aparece na frente das outras unidades da federação e do Distrito Federal, porém distante dos resultados de países como a Itália e Portugal.
Enquanto o estado alcançou índice 0,421, Portugal obteve 0,342 e a Itália 0,325. Já a média no Brasil foi 0,518.
“Ainda tem extrema pobreza em Santa Catarina, um milhão de pessoas em nível de pobreza, em 2030 o cenário tem de ser outro”, advogou Flores.
Agência AL