Pedágios na BR-101 Sul voltam a ser destaque na sessão ordinária

Na última sessão ordinária da semana, realizada na manhã desta quarta-feira (24), os deputados voltaram a criticar os planos de instalação de quatro novas praças de pedágio no trecho sul da BR-101.

José Milton Scheffer (PP) disse estranhar que o processo tenha ganhado impulso no “apagar das luzes” do governo Michel Temer e em um momento em que o país tem a atenção voltada para as eleições.

Neste sentido, ele afirmou não considerar como proveitosas as três audiências públicas promovidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para debater a questão. “Esses eventos não foram produtivos. Contaram com a participação de cerca de 30 a 40 pessoas e não houve o debate necessário, a população não entendeu a proposta.”

Scheffer também reivindicou à ANTT o mesmo tratamento conferido ao pedageamento da parte norte da rodovia. Neste trecho, de acordo com o parlamentar, as praças de cobrança estão distantes 80 km uma da outra e não 40 km, conforme o planejado para o sul. Da mesma forma, os valores cobrados também apresentam grande diferença, sendo R$ 2,80 no norte, contra R$ 4,20 para o sul. “Isso é um desrespeito e uma imposição. Temos que anular esse processo e retomar esse debate no próximo governo”, declarou.

Manoel Mota (MDB) também contestou a validade das consultas populares promovidas pela ANTT. “Dizem que já estão contratando as empresas para  as obras, mas então de que valeram as audiências se, nelas, 90% das pessoas se manifestaram contra os pedágios? Foi um prato pronto!”

O deputado também observou que novas concessões de trechos estão sendo feitas enquanto nem mesmo foi cumprido o compromisso de uma empresa permissionária da rodovia de construir a alça de contorno da Grande Florianópolis.  “Acho que antes de colocar o pedágio no sul, teria que ser fechada a cobrança de Paulo Lopes. O dinheiro está sendo arrecadado, mas a obra, que já deveria ter ficado pronta em 2012, não sai”.

Outro deputado a reagir contra o modelo de pedageamento planejado para o Sul foi Dirceu Dresch (PT). “Não é uma rodovia qualquer, é a BR 101 e um acordo bilionário desse tem que ser debatido com profundidade. E acredito que é possível sim fazer um valor mais barato, pois esta é uma decisão de governo.”

Gestão

Mauricio Eskudlark (PR) apresentou um vídeo em que procurou demonstrar que, apesar dos recursos limitados, é possível às administrações municipais obterem bons resultados em áreas como o esporte.

O vídeo em questão mostrava como Guaraciaba, município do Extremo Oeste do estado e com pouco mais de 10 mil habitantes, vem conquistando títulos em âmbito estadual e revelando talentos pelo país. “Queria deixar meu registro e reconhecimento aos gestores locais, mas também questionar porque não se consegue levar esse tipo de formação de atletas para todos os municípios, principalmente os maiores.”

 Agradecimento

Ismael dos Santos (PSD) agradeceu ao governo do Estado pela manutenção dos repasses realizados às cerca de 80 comunidades terapêuticas para recuperação de dependentes químicos participantes do Programa Reviver, de sua iniciativa. “São 800 vagas mantidas por esses recursos e um trabalho que dá uma resposta à sociedade catarinense em termos de saúde e segurança pública. Muito obrigado por manter os repasses.”