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02/04/2014 - 13h16min

Parlamento faz seminário sobre autismo no dia mundial de alerta do transtorno

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Público lotou o auditório da Unesc em Criciúma para acompanhar o seminário. FOTO: Juliana Stadnik/Agência AL

Mais de 400 profissionais das áreas da saúde, psicologia e educação, ao lado de pais, voluntários e gestores públicos, participam da segunda edição do Seminário de Estudo e Conscientização sobre o Autismo, promovida na cidade de Criciúma nesta quarta-feira (2) no auditório da Unesc. O evento é realizado no Dia Mundial de Conscientização do Autismo e faz parte de uma série de eventos sobre o tema promovido nesta semana pela Assembleia Legislativa.

A Lei Estadual 15.728/2012 estabelece a primeira semana de abril para atividades de divulgação e informação sobre o autismo em Santa Catarina. Outra conquista da causa é a Lei Estadual 16.036/2013, que reconhece o autista como deficiente e lhe garante direitos específicos, entre eles o tratamento multissetorial por parte do Estado.

A série de seminários sobre o transtorno do espectro autista em todas as regiões do estado visa principalmente a informação da sociedade sobre a síndrome e a capacitação dos profissionais que atendem as crianças, jovens e adultos diagnosticados. Apesar dos avanços, estima-se que 90% dos autistas no Brasil não têm diagnóstico do transtorno.

O deputado José Nei Ascari (PSD), que preside a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa, destacou as ações promovidas nos últimos dois anos.  “Se as coisas avançam é por causa do comprometimento dos profissionais e voluntários que lutam pela causa”, disse o deputado.

Além dos avanços legais, o estado ganhou uma associação para o autismo, formada principalmente por pais de autistas que há anos vêm lutando para que seus filhos tenham o devido tratamento de saúde, acesso à educação e, principalmente, inclusão social.  Marlete Grando, presidente da Asca (Associação Catarinense de Autismo), agradeceu o apoio do Parlamento e dos presentes.

“Nesses encontros, o profissional é capacitado sem precisar desembolsar dinheiro. É a união de esforços que deve ser valorizada”, ponderou Marlete, que ainda fez um pedido ao deputado Ascari. “A lei existe e é uma grande conquista, mas é preciso que saia do papel. Por isso, vamos cobrar as responsabilidades”, advertiu.

Causa que emociona
Ivone Borges é presidente da AMA de Criciúma (Associação de Pais e Amigos dos Autistas) e mãe de autista. Em seu relato emocionado pediu o empenho multiprofissional para o tratamento adequado dos pacientes com a síndrome.

“Depois de 13 anos de luta não tem como não se emocionar. O autista tem o direito de fazer as coisas de seu jeito e ser respeitado da forma como ele é. Lembrem-se que todos aqui são responsáveis pelas condições de nossos autistas amanhã”, alertou Ivone, que fundou a escola especial “Meu Mundo”, que atende exclusivamente, em Criciúma, 93 autistas.

Capacitação
Os presentes no seminário participam de palestras e mesa redonda, que abordam várias aspectos sobre o autismo. “Políticas públicas para pessoas com espectro autista” foram abordadas pela assessora parlamentar da Assembleia Legislativa, Janice Steidel Krasniack. Ainda na parte da manhã, o médico psiquiatra da infância e da adolescência, Maurício Nasser Ehlke, falou sobre bases neurobiológicas e avaliação precoce do espectro autista.

O seminário segue à tarde com a palestra “Programas de comunicação alternativa destinada à pessoa com autismo” com a fonoaudióloga PhD em Comunicação Alternativa, Catia Walter. No fim do evento, uma mesa redonda vai abordar as ações implementadas em prol da pessoa com espectro de autista na área da saúde, educação e assistência sócia na região carboníferera, mediada pelo neuropediatra e professor da Unesc.

O que é o autismo
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por algumas características fundamentais, como a inabilidade para interagir socialmente, a dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos, e apresentar padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.

Rony Ramos
Rádio AL

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