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07/10/2015 - 11h13min

Parlamento homenageia 150 anos de nascimento de José Arthur Boiteux

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Solenidade em homenagem a catarinense ilustre foi realizada na noite de terça-feira. FOTO: Solon Soares / Agência AL

Sessão especial realizada na noite de terça-feira (6) celebrou o sesquicentenário de nascimento do jornalista José Arthur Boiteux, tijucano ilustre, considerado patrono do ensino superior em Santa Catarina, além de fundador da Academia Catarinense de Letras (ACL) e do Clube de Imprensa. “Ele fundou jornais, criou e manteve revistas, foi um dos mais brilhantes intelectuais de Santa Catarina, deputado estadual na primeira, segunda, terceira e nona legislaturas. Será que vamos deixar uma marca fantástica como essa”, indagou Kennedy Nunes (PSD), que confessou sua satisfação em presidir a homenagem, uma vez que também é jornalista.

Gilberto Gerlach, titular da cadeira 17 da ACL, que pertenceu a José Boiteux, destacou que os textos do jornalista são agradáveis de serem lidos e denotam o conhecimento visual e da história do estado. Gerlach revelou que o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC) tem uma coleção de fotografias que pertenceram a Boiteux. “Ele colecionava as melhores fotos, tudo relativo ao meio ambiente e à sociedade”, contou Gerlach.

Entre as fotografias uma série de imagens das vítimas do massacre perpetrado pelo coronel Moreira César, em Anhatomirim. “Ele guardou as estampas coladas sobre caixas de fósforos, certamente um anarquista colou um pequeno retrato desses homens massacrados nas caixas e graças a essa pequena coleção temos a possibilidade de visualizar esses personagens comandados pelo Barão de Batovi que resistiram ao golpe militar”, declarou Gerlach, referindo-se à deposição e expulsão do país de Dom Pedro II por ocasião da proclamação da República.

“Ele teve um jornal que se chamava A  República, mas a república de José Boiteux não era a república daqueles golpistas do século XIX”, argumentou Gerlach, que enfatizou a influência de Boiteux no Executivo catarinense. “Foi um fiel escudeiro das ações de Adolfo Konder, fizeram viagens pelo Oeste, isso no final dos anos 1920, anos muito importantes para a Capital e para Blumenau, que conheceram um renascimento econômico enorme”, afirmou o imortal.

Segundo Gerlach, a última ação de grande repercussão de José Boiteux foi trazer para a Ilha o pintor Martinho de Haro. “Martinho fez uma exposição quanto tinha 20 anos. Boiteux perambulava por São Joaquim e viu nas pinturas uma força que ultrapassava qualquer sensação regional e convidou Martinho para expor em Florianópolis. Se não fosse a ação de Boiteux não teríamos Martinho”, explicou Gerlach.

Selo e carimbo

Durante a homenagem a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) lançou um selo e um carimbo alusivos ao sesquicentenário de José Arthur Boiteux. O selo contém uma fotografia de Boiteux com a inscrição “150 anos, 1865-2015”. Já o carimbo exibe uma imagem estilizada do jornalista, advogado, historiador e escritor. “O carimbo ficará à disposição dos filatelistas nos Correios até o dia 6 de novembro”, informou Paulo de Oliveira Andrade, diretor da ECT.

Prestigiaram a sessão especial Bernardo Boiteux, sobrinho-neto do homenageado, José Carlos Pacheco, ex- presidente do Tribunal de Contas do Estado, Adélcio Machado dos Santos, reitor da Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), Maria Teresinha Dematin, diretora da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Augusto César Zeferino, presidente do Instituto Histórico e Geográfico, os jornalistas Moacir Pereira e Roberto Azevedo, além de representantes da Academia Catarinense de Letras e admiradores da obra de José Arthur Boiteux.

Vítor Santos
Agência AL

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