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03/05/2016 - 17h07min

Parlamentares do PT e PCdoB defendem cassação de Eduardo Cunha

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Representantes das bancadas do PT e do PCdoB defenderam a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). “Vamos expor na tribuna este banner que representa o ‘atrasômetro’, são 183 dias que este processo de cassação aguarda julgamento na Câmara Federal”, denunciou Luciane Carminatti (PT) durante a sessão ordinária da tarde desta terça-feira (3) da Assembleia Legislativa.

Embora Eduardo Cunha seja alvo de seis denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo Carminatti, o peemedebista continua manobrando para retardar ou anular o julgamento no Conselho de Ética. “Utiliza-se do cargo de presidente da Câmara para criar subterfúgios, falou que não tinha contas no Exterior, mas tinha e tem. Ele mentiu”, garantiu Carminatti.

Além disso, a representante de Chapecó explicou que uma dessas denúncias foi aceita pelo STF e já virou processo. “Ele é réu, acusado de ter recebido mais de R$ 52 milhões de Furnas, da Petrobrás e da venda de emendas em medidas provisórias e projetos de leis”, criticou a deputada.

Dirceu Dresch (PT) concordou com a colega. “Imaginem uma figura como esta presidente da República, é uma vergonha”, alfinetou Dresch, aludindo ao fato de que o presidente da Câmara dos Deputados é o terceiro na linha de sucessão presidencial. Cesar Valduga (PCdoB) também criticou Cunha e lembrou que os deputados que retardam o julgamento do presidente da Câmara são os mesmos que votaram pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff. “Votaram pelo tio, pela nona, pela lata de azeite velho, envergonharam o país”, escrachou Valduga.

Conferência Nacional de Direitos Humanos
Dirceu Dresch repercutiu na tribuna a 12ª  Conferência Nacional de Direitos Humanos, realizada de 27 a 29 de abril, em Brasília. “Foram discutidos direitos para todos, democracia, justiça e igualdade”, afirmou o deputado, que destacou a aprovação de mais de 400 propostas sobre saúde, educação, segurança, lazer e seguridade social das minorias.

Autos de resistência
Dresch pediu apoio para o Projeto de Lei nº 37/2016, de sua autoria, que dispõe sobre a abolição de designações genéricas como "autos de resistência" e "resistência seguida de morte" em registros policiais, boletins de ocorrência, inquéritos policiais e notícias de crime. “Queremos combater a possibilidade de que agentes utilizem autos de resistência como justificativa para a violência. Hoje a juventude negra, pobre, das periferias, os moradores de rua e os movimentos sociais são vítimas dessas ações policiais”, alertou o representante de Saudades.

Orgânicos nos hospitais
Deka May (PP) informou que protocolou o Projeto de Lei nº 129/2016, que dispõe sobre a inclusão de no mínimo 50% de produtos orgânicos na alimentação fornecida aos pacientes dos hospitais da rede pública. “Os agrotóxicos são utilizados de forma irresponsável, entram de forma ilegal e são danosos à população, até relacionam o agrotóxico ao alto índice de câncer”, especulou Deka May.

Dresch elogiou a iniciativa. “Os agrotóxicos causam impactos no meio ambiente, nos seres humanos e nos animais, quero me somar a esta discussão”, afirmou o deputado. Padre Pedro Baldissera (PT) relatou a experiência de 11 famílias do assentamento José Maria, em Abelardo Luz. “Os agricultores se organizaram para produzir o alimento para a subsistência, mas ampliaram a produção e começaram a atender o programa de merenda escolar do ensino municipal”, contou Padre Pedro.

Cultura açoriana
Gean Loureiro (PMDB) destacou na tribuna a cultura açoriana. Lembrou que domingo (1º) foi celebrada uma missa ao ar livre na praia do Campeche, em Florianópolis, para celebrar o início da temporada de pesca da tainha. “Reuniu milhares de pessoas, uma demonstração de que os pescadores serão abençoados com uma grande safra, com grandes lanços”, previu Loureiro.

O representante da Capital também ressaltou a Festa do Divino, que acontecerá de 21 a 24 de maio. “É uma festa com tradição, tem desfile na Praça XV e mantém viva a cultura açoriana no município de Florianópolis”, justificou Loureiro.

 

Vítor Santos
Agência AL

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