Parlamentares do Mercosul debatem equalização de currículos universitários
O Bloco Brasileiro da União de Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul (UPM), com o apoio da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), promove nesta sexta-feira (30) fórum sobre a qualificação das graduações e a facilitação do turismo terrestre no Mercosul. O encontro dos parlamentares do bloco é realizado no Plenário Osni Régis da Assembleia Legislativa.
No período da manhã, está em discussão a equalização dos cursos de graduação das universidades sul-americanas, em especial dos países do Mercosul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), Bolívia e Colômbia. O presidente da Unale, deputado Kennedy Nunes (PSD), defendeu a equalização para facilitar a revalidação dos diplomas em todas as áreas profissionais. “Se você se forma numa universidade da Argentina, quando você vem para cá num processo de transferência, há a equiparação da carga horária”, exemplificou. “Não dá para pensar numa forma de revalidação mais fácil sem passar pela equalização da grade curricular.”
Por outro lado, o parlamentar ressaltou que os países do Mercosul precisam tratar o tema educação com a devida seriedade, já que há cursos essencialmente mercantilistas.
O presidente do Bloco Brasileiro da UPM, Léo Barbosa (SD), que é deputado estadual pelo Tocantins, destacou que a isonomia na carga horária dos cursos é necessária “para que todos tenham mais ou menos o mesmo embasamento técnico e pedagógico para ocupar os postos de trabalho de maneira qualificada, mas também de maneira igual”.
O reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Marco Antonio Hansen, que preside o Conselho de Reitores da UPM, palestrou aos deputados sobre a qualificação dos cursos de graduação, o processo de avaliação e revalidação dos títulos estrangeiros, como eles são estruturados e como é feito o encaminhamento para o processo de validação dos diplomas obtidos em outros países. Hansen exemplificou com o caso da Unipampa, que tem trabalhado dentro da plataforma Carolina Bori, desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC), para gestão e controle de processos de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros no Brasil.
“Estamos fazendo um trabalho de divulgar cada vez mais e agilizar esses processos. O grande cuidado que precisamos ter é com a qualidade do curso que está sendo validado”, alertou. “Um pouco de burocracia se faz necessário para analisarmos a qualidade, mas cada vez os processos tendem a ser mais ágeis, uma vez que a gente vai conhecendo os parceiros ou já tenha sido revalidado aquele curso por uma universidade parceira.”
No Brasil, 105 universidades integram o sistema nacional de acreditação de diplomas. Quanto à composição dos currículos, Hansen explicou que as universidades têm cargas horárias e componentes curriculares diferentes, o que torna a equalização um grande desafio.
Turismo
No período da tarde, os parlamentares vão debater estratégias para facilitar o turismo terrestre nos países do Mercosul.
Agência AL