Parlamentares defendem a revisão do cancelamento da Olesc e Parajesc
Os deputados defenderam a revisão do cancelamento dos Jogos da Juventude Catarinense (Olesc) e dos Jogos Escolares Paradesportivos (Parajesc), anunciado pela Fundação Catarinense de Esportes (Fesporte). “Os atletas que recebem bolsas vão parar de receber, vai causar prejuízos, uma competição não pode ser cancelada assim”, criticou Luciane Carminatti (PT) durante a sessão ordinária desta terça-feira (18) da Assembleia Legislativa.
“Não podemos cancelar, é uma frustração para muitos jovens que disputam fases municipais e regionais, é importante que a Fesporte reveja, que se encontre uma outra maneira, uma forma mais enxuta”, sugeriu Mauricio Eskudlark (PSD), que lembrou a “situação privilegiada” da economia catarinense.
Leonel Pavan (PSDB) destacou que a Olesc é uma conquista de governos responsáveis. “Surgiu em 2001 e infelizmente em 2015 paralisaram as conquistas e os sonhos de milhares de jovens”, declarou Pavan, lamentando que em 2015 o estado não defenderá o título de campeão brasileiro dos Jogos da Juventude. “Santa Catarina não poderá defender o título conquistado no ano passado”, informou o deputado.
Novo pacto federativo
Fernando Coruja (PMDB) prestou contas de viagem que empreendeu, juntamente com Kennedy Nunes (PSD), aos estados de Rondônia, Roraima e Amazônia apresentando aos deputados estaduais dessas unidades federativas o projeto de alteração da Constituição Federal, alterando as relações entre a União, estados e municípios.
“Nos EUA quem tinha o poder eram os estados fundadores, que entregaram uma parcela desse poder à União”, explicou Coruja, referindo-se à consolidação da união nos EUA, enquanto no Brasil ocorreu o contrário. “O império cedeu poder às províncias, hoje os estados têm pouco poder, poucos recursos e pouca capacidade de legislar”, avaliou Coruja.
Segundo o parlamentar, a proposta da Alesc, diferentemente do relatório da Comissão Especial do Congresso Nacional que trata do assunto, altera a relação econômica entre estados e a União. Nossa proposta aumenta em 10 pontos percentuais o Fundo de Participação dos Estados ao longo de 10 anos, um por cento por ano, e muda itens da competência privativa da União, que passam para competência concorrente”, esclareceu o representante de Lages.
FHC x Dilma Rousseff
Dirceu Dresch (PT) criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que avaliou, via Facebook, que o mandato da presidente Dilma Rousseff é ilegítimo e que a presidente deveria renunciar. “Fez uma fala pedindo a renúncia da presidente Dilma, parece um garoto animador de torcida, o ex-presidente FH não tem moral para fazer isso, o país não tinha crédito para o pãozinho de cada dia, saiu pedindo dinheiro para o FMI e o risco Brasil era de 1,4 mil pontos. Queremos a disputa em 2018, não na rua e no golpe”, discursou Dresch.
Mauricio Eskudlark defendeu FHC e criticou o Partido dos Trabalhadores. “FHC é um estadista, sabe se portar, nunca este país enfrentou tanta corrupção, a população está contra o PT, porque a corrupção foi institucionalizada nos governos Lula e Dilma”, avaliou.
Ana Paula Lima (PT) não concordou com Eskudlark. “Vossa Excelência foi tão deselegante com o grandioso personagem, o presidente Lula, pensador do nosso Brasil, lamentável, não é assim que se faz política”, disparou Ana Paula, sugerindo em seguida que Eskudlark tome “aulas de elegância, postura e agradecimento” com o governador Raimundo Colombo.
Para Ana Paula, a população devia ir às ruas reivindicar delegacias e hospitais. “Os catarinense têm de ir para as ruas pedir ações do governo do estado, como o radar em Lontras, aquele elefante branco”, afirmou Ana Paula. Jean Kuhlmann (PSD), ao contrário, elogiou aqueles que foram às ruas no último domingo (16). “Querem garantias de que não haja corrupção e uma gestão eficiente”, analisou o representante de Blumenau.
Samu
Fernando Coruja destacou a intenção do Executivo de centralizar as operações do Samu em Florianópolis. Atualmente o sistema possui oito centrais de regulação espalhadas pelo estado. “A alegação é de uma economia de R$ 1,9 milhão por mês, mas esta mudança vai ser capaz de reproduzir o modelo com a mesma eficácia e eficiência?”, questionou Coruja.
Segundo o parlamentar, haverá dificuldade na localização correta da ocorrência. “O mapa digital permite que você localize as demandas, mas não é bem assim, às vezes usa o GPS, vai no bairro e não tem a rua”, alertou Coruja, que previu aumento do tempo de resposta. “Sem a noção espacial aumenta o tempo de resposta e dificulta e retarda a escolha adequada pelo médico”, observou.
Saúde em Joinville
Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) repercutiu na tribuna as dificuldades da administração municipal de Joinville com a gestão da saúde. “A prefeitura tem dificuldade para manter o Hospital São José, o maior da região”, reconheceu Dalmo, explicando que o comprometimento do orçamento municipal com a saúde atingiu 37,4%. “Isso inviabiliza os investimentos, Joinville está pedindo ajuda”, revelou.
Darci de Matos (PSD) responsabilizou o alcaide da Manchester barriga verde pelos problemas. “O prefeito Udo precisa fazer a sua parte, na campanha disse que não faltava dinheiro, que faltava gestão, afirmou sem conhecimento, acredito nisso, é um homem com boas intenções”, justificou Darci, ponderando todavia o troca-troca de secretários de saúde. “Em dois anos é a terceira secretária, um amadorismo, é preciso dialogar com os servidores, cumprir as decisões judiciais, as pessoas morrendo nas filas, falta médicos, remédios e onde está o gestor?”, perguntou Darci.
Itapiranga 100%
Padre Pedro Baldissera (PT) elogiou a administração municipal de Itapiranga, que iniciou a implantação de rede coletora para atender 100% do município. “Serão utilizados R$ 2,6 milhões, não é um volume alto”, observou Padre Pedro, que lembrou que 100% dos domicílios recebem água tratada. “Um avanço extraordinário que tem reflexos no bem estar da população”, resumiu o representante de Guaraciaba.
Segurança em Balneário Camboriú
Leonel Pavan leu na tribuna e-mail de morador de Balneário Camboriú questionando a atuação da Secretaria de Segurança Pública na região. “A morte brutal de uma médica em abril direcionou todas as atenções para o Sul e uma série de recursos foram alocados em Criciúma”, leu o deputado, afirmando em seguida que o cidadão cobrou tratamento análogo para a região da Foz do Rio Itajaí, assim como o aumento do efetivo policial.
Trevo da BR-101 com Jorge Lacerda
Níkolas Reis (PDT) pediu na tribuna que a Autopista Litoral Sul, concessionária da BR-101, autorize o município de Itajaí a executar obras no trevo entre a citada BR e a rodovia Jorge Lacerda, que liga Itajaí a Blumenau. “A obra já tem recursos, a prefeitura vai executar, mas a concessionária ainda não autorizou a obra”, relatou Níkolas, pedindo sensibilidade à empresa. “Vejam o transtorno dos trabalhadores, um absurdo, um caos, o projeto é bacana”, afirmou o deputado.
Agência AL