Parlamentar fala da greve do transporte coletivo da Capital e sua relação com o WTTC

Todos os olhares do mundo estão voltados para Florianópolis quando o assunto é turismo. Na cidade, sede do World Travel & Tourism Council (WTTC), de 14 a 18 de maio de 2009, lideranças do segmento estarão presentes no evento de peso mundial que acontece pela primeira vez na América Latina. Ao mesmo tempo, a Capital catarinense vive a expectativa de uma possível paralisação do transporte coletivo. Preocupado com o transtorno que poderá ser gerado nas proximidades do encontro, o deputado Cesar Souza Júnior (DEM) abordou o assunto na sessão desta quinta-feira (14). O democrata afirma não ser contra a autonomia de sindicatos e trabalhadores ao reivindicarem seus direitos, melhores salários e boas condições de trabalho. Ao contrário, lembra que este é um “ato legítimo e assegurado pela Constituição Federal”. Porém, Cesar Júnior enfatizou que o momento não é o mais adequado, já que Florianópolis está acolhendo empresários de todas as partes do mundo e que a imagem da cidade poderá ser prejudicada caso se efetive uma greve do transporte coletivo. Outro ponto enfocado pelo parlamentar foi a interrupção do serviço sem aviso prévio à população. Ele afirmou que as pessoas devem ser avisadas com 72 horas de antecedência. Fazendo um apelo ao entendimento, concluiu: “Que tenhamos dias de festa e não dias de caos”. Comungando da mesma preocupação de seu colega de Parlamento, o líder do PMDB, deputado Antônio Aguiar, disse que, diante da proporção do WTTC, Florianópolis e Santa Catarina poderão ficar com uma imagem negativa se a categoria decidir pela greve dos ônibus. Segundo ele, as consequências serão a diminuição de eventos e empregos na área do turismo. “Acredito no bom senso de todos.” O impasse está sendo discutido numa reunião entre o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf), Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano de Florianópolis (Sintraturb) e o Executivo municipal. (Andreza de Souza)