Parceiros serão chamados a fazer exame de sífilis junto com as gestantes em 2017
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina sugeriu e a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) está prestes a aprovar a convocação dos parceiros para fazerem o exame de sífilis junto com as gestantes a partir de 2017. “Tem portaria indicando sorologia para sífilis no primeiro e no terceiro trimestres da gravidez. A gestante vai no pré-natal, o parceiro não vai, assim perdemos a oportunidade de fazer o tratamento nos dois”, justificou Dulce Quevedo, gerente de vigilância das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A gerente de vigilância das DSTs afirmou que o exame demora cerca de 20 minutos e que há tratamento para sífilis. “Basta utilizar a medicação, que é a penicilina”, garantiu Quevedo, alertando em seguida que somente as sequelas não são reversíveis. Além disso, a gerente destacou que após o tratamento a sífilis pode voltar se a gestante continuar tendo relações desprotegidas. “A penicilina não imuniza, não é como uma vacina”, informou Quevedo, que recomendou o uso de camisinha nas relações sexuais.
A Dive também sugeriu aumentar para três exames, incluindo uma verificação no segundo trimestre da gravidez. A pressão sobre os parceiros e o aumento de exames deriva da notificação de 320 casos de sífilis em recém nascidos nos dez primeiros meses de 2016. Segundo dados relativos a 2015, a região que mais registrou casos foi a Grande Florianópolis, seguida das regionais de Itajaí, Chapecó e Joinville. “Este ano a regional de Lages já ultrapassou Joinville”, lamentou Dulce Quevedo.
Sífilis em fetos
“Um bebê possui sífilis congênita quando nasce de uma mãe que está com sífilis. Pode nascer com ou sem sintomas, a mãe pode abortar, a criança pode nascer morta ou morrer logo depois do parto, apresentar má-formação óssea, problemas neurológicos, de visão e cardíacos”, descreveu Quevedo.
Agência AL