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23/02/2022 - 16h48min

Para governo, inclusão de LGBTQIA+ na estrutura estatal não tem cabimento

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Deputada Paulinha

A resposta do Executivo de que “não tem cabimento” a sugestão de parlamentar para incluir na Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) uma estrutura dedicada ao público LGBTQIA+ gerou protestos na sessão de quarta-feira (23) da Assembleia Legislativa.

“A SDS tem secretaria do idoso, da igualdade racial, imigrantes, indígenas, mulheres, crianças e adolescentes, mas não temos uma linha que discuta a política LGBTQIA+, que também está coadunada ao que se chama direitos humanos. A resposta que recebemos foi de que a pauta não tinha cabimento. Não podemos esconder debaixo do tapete, as pessoas estão aí à nossa esquerda e à direita”, argumentou Paulinha (sem partido).

A deputada, insatisfeita, avisou que vai reiterar o pedido ao governador.

“Fizemos uma pesquisa, somente três estados da federação não têm organismo dentro da estrutura de direitos humanos que trate do público LGBTQIA+: Mato Grosso, Roraima e Santa Catarina. Que o estado abandone esta lista tríplice dos estados que não discutem política LGBTQIA+”, augurou Paulinha.

Celso Zuchi (PT) apoiou a colega.

“Quero parabenizar a Paulinha pela fala”, afirmou Zuchi, que contou na tribuna uma fala de deputado federal sobre escolhas sexuais. ‘Para o moleque que se mostra diferente, uma boa surra de guasca vai mudar’. Uma pena isso em pleno século XXI”, avaliou o ex-prefeito de Gaspar.

Vacinas efetivas, sim
Zuchi lembrou o debate e a votação da sessão de terça-feira sobre a pertinência de um parecer da CCJ contrário a projeto de lei proibindo a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 em Santa Catarina e que terminou empatada em 15 a 15, com o voto de desempate do presidente favorável à decisão da CCJ.

Zuchi citou o caso de Gaspar para exemplificar a eficácia da vacina. Segundo o parlamentar, atualmente a UTI do hospital Perpétuo Socorro tem dez leitos. Já teve 20 no auge da pandemia, na época todos ocupados.

“Hoje temos seis leitos ocupados, já teve apenas um, isso é sinal de que a vacina funciona, apesar do negacionismo”, ironizou Zuchi.

Economia de R$ 100 mi
Kennedy Nunes (PTB) destacou frase dita pelo governador Carlos Moisés em Criciúma de que somente na Secretaria de Administração Prisional a revisão de dois contratos gerou uma economia de R$ 100 mi.

“Ele olha para o secretário dele, que foi do antigo governo, que foi adjunto da deputada Ada, e diz: ‘Lima, só na sua pasta a revisão de dois contratos acabou em economia de R$ 100 mi’. Quem assinou o contrato? Foi a deputada Ada?”, questionou Kennedy, que avisou que apresentará requerimento convocando o secretário Leandro Lima para explicar “o fim da roubalheira na pasta”.

Máscaras para crianças
Bruno Souza (Novo) ironicamente sugeriu às secretarias de Saúde (SES) e Educação (SED) para considerar as carteiras das salas de aulas como iguais às mesas de bares, nas quais adultos se assentam, comem e bebem sem máscaras.

“É insensata a medida que estamos exigindo das crianças “, avaliou Bruno, anunciando em seguida que apresentou projeto de lei para adequar as regras da SED e da SES às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que libera o uso de máscaras em regiões que não têm contágio generalizado.

Cirurgias eletivas
Marcius Machado (PL) cobrou a realização de um mutirão para mitigar o sofrimento daqueles que aguardam na fila das cirurgias eletivas.

“A Assembleia aportou alguns milhões de reais para o governo, que tem recursos, então precisamos que as cirurgias eletivas comecem. Tenho vários relatos de pessoas que não conseguem andar com problemas de articulações, pessoas ficando cegas; secretário de Saúde, precisamos de uma ação rápida”, apelou Marcius.

SC-370
Marcius informou que a licitação para a pavimentação da SC-370, que liga Rio Rufino a Urubici, não teve interessados.

“A licitação restou deserta, queremos saber se já foi aberta uma nova licitação”, questionou o representante do Planalto Serrano.

 

 

Vítor Santos
Agência AL

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