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28/05/2010 - 15h26min

Painel debate produção de energia eólica e biomassa

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Sustentar 2010 - III Fórum sobre energias renováveis e consumo responsável - Local: Lang Palace Hotel - Centro - Chapecó/SC
O terceiro dia do Sustentar 2010 – Fórum sobre energias renováveis e consumo responsável foi aberto com um painel sobre energias renováveis que debateu, em especial, energia eólica e biomassa. O fórum acontece no auditório do Hotel Lang, em Chapecó. Participaram do debate o diretor de engenharia da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, e o gerente executivo de projetos da Itaipu Binacional, Kleber Vanolli, com mediação do professor Luiz Carlos Borsuk, da Unochapecó. O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, prestigiou a abertura desse painel. Custódio falou sobre as consequências do uso intensivo de energias não-renováveis, fator que é responsável, em parte, pelo aumento da temperatura do planeta. Explicou que o Brasil está em condição mais avançada nesse campo, uma vez que 46% da matriz energética do país provém de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 13%. Mas ele acredita que o Brasil precisará deslocar uma parte ainda maior de sua matriz para outras fontes, investindo na geração nuclear e na geração eólica, por exemplo, que são tecnologias disponíveis e viáveis para o país. Especialista em energia eólica, o painelista explanou as vantagens dessa fonte de geração, considerada a mais limpa entre as que o homem domina, por causar menores impactos socioambientais. É a indústria que mais cresce no mundo, mas tem como ponto negativo o fator de capacidade 50% inferior ao de uma hidrelétrica. “Diferente de uma hidrelétrica, que armazena água, uma usina eólica só produz quando há vento”, explica. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de energia eólica, seguido pela Alemanha. A China é um país emergente nessa indústria. Conforme Custódio, o Brasil está disposto a incentivar a geração eólica e vem promovendo leilões de energia. O primeiro deles ocorreu em dezembro de 2009 e 90% dos empreendimentos leiloados estão situados na região Nordeste. Os outros 10% ficaram com o Rio Grande do Sul. Esse resultado se explica por tratar-se das duas áreas com melhores condições de vento no país. Geração de biogás O segundo painelista, Kleber Vanolli, falou sobre a atuação da Itaipu no incentivo à produção de energias renováveis. A empresa criou uma coordenadoria específica de energias renováveis, que tem o objetivo de promover estudos e parcerias para tornar essas iniciativas competitivas, com foco especial em biomassa. Em 2006, a Itaipu e outros parceiros iniciaram estudo para demonstrar que o sistema elétrico brasileiro pode trabalhar também com microgeradores de energias, modificando o conceito convencional que só admitia grandes centros geradores. “Até 2009, pequenas unidades de geração só podiam entrar no sistema se jogassem a energia diretamente na subestação. Com a geração distribuída, o proprietário utiliza um minigerador e joga a carga produzida diretamente na rede elétrica”, explica Vanolli. Isso tornou-se possível com a edição da Resolução 390, da Agência Nacional de Energia Elétrica, que modificou a tendência do mercado brasileiro de energia elétrica. O centro tecnológico da Itaipu e outros parceiros desenvolveram um modelo de minigerador que está sendo utilizado em propriedades rurais para lançar na rede elétrica a energia produzida por biodigestores. “Percebemos que a geração distribuída estava funcionando, mas que só abrangia os médios e grandes produtores. Para incluir o pequeno produtor, que gera menos dejetos, criamos o projeto de condomínio de produtores de agroenergia”, relata Vanolli. Um projeto piloto desse gênero está sendo construído em Marechal Cândido Rondon (Oeste do Paraná). Chamado de Condomínio Ajuricaba, vai ligar biodigestores de 41 propriedades, por meio de um gasoduto. (Lisandrea Costa/Divulgação Alesc)
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