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18/05/2016 - 16h23min

Painel debate experiências de compostagem com lixo doméstico

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Evento reuniu especialistas da UFSC, Ministério do Meio Ambiente e da Prefeitura de São Paulo

A reutilização de resíduos sólidos domésticos para a produção de adubo orgânico, por meio da compostagem, foi tema de um painel realizado na tarde desta quarta-feira (18), na Assembleia Legislativa, pelo Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro). O evento reuniu especialistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), UFSC e Prefeitura de São Paulo, com a presença de lideranças comunitárias do Amazonas, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais.

O objetivo do painel foi tratar da compostagem comunitária na gestão dos resíduos sólidos urbanos. Conforme o analista ambiental do MMA, Lucio Costa Proença, ao invés de aumentar, o reuso do lixo doméstico por meio da compostagem tem recuado no Brasil. Entre os motivos estão a baixa qualidade na gestão, o uso de tecnologias impróprias, barreiras culturais, regulação desfavorável e desinteresse do mercado.

Proença informou que mais de 90% dos resíduos que poderiam ter reciclados ou reutilizados são destinados para os aterros sanitários. No entanto, apenas 40% dos municípios brasileiros contam com aterros; os demais ainda depositam seu lixo em espaços a céu aberto.

O representante do ministério explicou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi criada para mudar essa realidade, mas isso só será possível com o envolvimento das comunidades em iniciativas como a compostagem. “Além da questão ambiental, manter um aterro sanitário vai ficar cada vez mais caro para os municípios”, advertiu

O professor da UFSC Rick Miller apresentou o modelo de compostagem desenvolvido pela universidade, com base em um modelo conhecido como Indore. Esse modelo, conforme Miller, pode ser utilizado com grande êxito nos centros urbanos, por ser de baixo custo, com a produção de compostos que não causam dano à saúde humana, além de não liberarem gases que colaboram para o efeito estufa e causam mal cheiro.

Já o coordenador de Gestão de Resíduos Sólidos Orgânicos da Prefeitura de São Paulo, Antonio Storell Júnior, apresentou a estratégia para a compostagem na maior cidade do país. Conforme ele, o painel realizado pela Cepagro é uma importante troca de experiências entre as diversas iniciativas do gênero no país. “A compostagem é um tema cada vez mais atual e que precisa do envolvimento maior do poder público e da comunidade”, afirmou.

O deputado Dirceu Dresch (PT), presente na abertura do painel, afirmou que os debates sobre a destinação dos resíduos sólidos são importantes para a elaboração de políticas públicas no setor. “A Assembleia é parceira nesses debates, buscando soluções que trazem benefícios para o meio ambiente e consequentemente para toda a sociedade”, destacou.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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