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11/03/2014 - 18h51min

Programa Antonieta de Barros inicia processo seletivo para estagiários

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Convênio entre o PAB e a FEPESE. Foto: Carlos Kilian / Agência AL

Em sua décima edição, o programa Antonieta de Barros (PAB) da Assembleia Legislativa iniciou esta semana o processo de inscrição dos candidatos a estágio. Aproximadamente 60 jovens inscreveram-se até a tarde desta terça-feira (11) no programa que tem convênio com a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese).

Iniciativa inédita no país, o PAB oferece oportunidade de trabalho e renda a jovens entre 16 e 24 anos, em situação de vulnerabilidade social. Instituído pela Lei 13.075, ele presta homenagem à professora Antonieta de Barros, primeira mulher negra a ocupar uma cadeira no Parlamento catarinense. Preocupada com a educação pública e gratuita, Antonieta reivindicou melhorias na qualidade de vida das mulheres e instaurou o debate racial no espaço institucional.

As inscrições são realizadas na Fepese, e encaminhadas junto com os documentos dos candidatos ao PAB que, então, os seleciona. A coordenadora de Estágios Especiais da Assembleia Legislativa, Marilu Lima de Oliveira, comemora os dez anos do projeto e destaca que, neste ano, os pais acompanharam os filhos no momento da inscrição e as entidades comunitárias fizeram uma pré-seleção dos candidatos. Após esta fase, o processo seletivo se dá por meio de uma comissão interinstitucional. “A gente entende que a transparência e a lisura têm que ser um componente essencial do programa, por isso a parceria com entidades, Fepese e Coordenadoria de Saúde e Assistência Social da Assembleia”, ressalta Marilu.

O papel da Fepese
O processo de estágio, desde a inscrição é acompanhado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos. Catiane Tribess, gerente da Agência de Integração da Fepese, explica que a fundação fornece apoio administrativo e jurídico ao programa. “A gente acompanha todo o processo de estágio, do início ao fim. Desde a inscrição, contratação, pagamento”.

A importância da experiência
Dagmar Pereira, pedagoga e representante da Associação de Resgate da Cultura Afro “Mãe África, Pai Brasil”, é uma incentivadora do programa e faz esforço para encaminhar seus alunos e integrantes da comunidade em que atua à participação no programa. Por experiência própria vive a importância do programa. Sua filha, que iniciou como estagiária na Assembleia Legislativa, aos 16 anos, foi contratada e é funcionária da Casa há aproximadamente nove anos. Para ela, este estágio contribui para a renda da família e incentiva a continuar os estudos. “Muitos jovens precisam trabalhar e acabam abandonando a escola. Um dos critérios do PAB é estar matriculado e cursando o ensino médio”.

Uma das candidatas deste ano, Lucinara Tavares, de 16 anos, está cursando o terceiro ano e torce para conseguir uma vaga no PAB. Segundo ela, a oportunidade vai ajudar tanto financeiramente quanto como experiência no mercado de trabalho e poderá até ajudá-la a definir o curso superior que irá escolher. “Ainda estou em dúvida sobre o que vou fazer no vestibular e acho que, com esse estágio, posso definir a escolha melhor”. 

PAB em números
Desde 2004, 251 jovens já passaram pelo programa, sendo 60% mulheres e 40% homens. Os negros representam a maioria, totalizando 74%. Cerca de 60% dos estagiários têm menos de 18 anos quando ingressam no programa e 70% estão cursando o ensino médio. Mais de 70% dos jovens têm renda familiar de até um salário mínimo e 5% não têm renda alguma. Em média, 10% dos estagiários já é pai ou mãe e 5% têm algum tipo de deficiência física.

Michelle Dias
Agência AL

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