Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
18/07/2016 - 17h17min

Ovos invisíveis a olho nu, resistentes ao frio, indicam volta do Aedes

Imprimir Enviar

Os ovos do Aedes Aegypti, vetor da transmissão da dengue, chikungunya e zika, são invisíveis a olho nu, resistem às baixas temperaturas e a longos períodos de seca, por isso o mosquito pode retornar com força no verão. O alerta é do coordenador do programa de Controle à Dengue da Secretaria de Estado da Saúde (SES), João Fuck. “Há uma falsa sensação de que está tudo bem, mas é muito difícil eliminar ovos. Como não se consegue vê-los a olho nu, a melhor forma é eliminar os criadouros”, ensinou o especialista, acrescentando que somente com o uso de esponja e escova é possível destruir os ovos.

“Para o ovo iniciar o ciclo é essencial água parada, ela dá o start. Pode começar com pouco, mas se a população não tem cuidado, vai aumentando a quantidade de mosquito e daí vem a infestação e a epidemia”, explicou João Fuck, que lembrou dos casos de Itajaí em 2014 e Pinhalzinho e Guaraciaba, no Extremo Oeste, em 2015. “O poder público não consegue reverter a situação há anos e a população acha que o problema não está aqui e acaba tendo hábitos de risco”, analisou o servidor da SES, destacando que calhas com água acumulada, caixas d’água e cisternas sem vedação também potencializam a reprodução do aedes.

O exemplo de Itajaí
Questionado pela reportagem da Agência AL, João Fuck explicou como Itajaí superou a epidemia de dengue de 2014. “Quando começou a infestação, Itajaí tinha poucos agentes de combate à endemias e eles não foram suficientes para orientar a população e eliminar os criadouros. De lá para cá, o município aumentou o número de equipes e mobilizou outras áreas, como a educação, obras de saneamento e agentes comunitários de saúde. Foram vários fatores”, avaliou Fuck.

De acordo com o especialista da SES, a recomendação aos municípios é para que tenham uma equipe de combate a endemias para cada 6.750 imóveis. Se o local já estiver infestado, essa relação cai para 1.000 imóveis. “A estruturação da equipe é muito importante”, declarou Fuck, que ressaltou a fiscalização rotineira de borracharias e ferros-velhos.

Além disso, o coordenador do programa de Combate à Dengue garantiu que os municípios têm à disposição biólogos para acompanhar a situação no local. “Os biólogos atuam em um processo contínuo, semanalmente discutindo ações e estratégias e revendo procedimentos”, garantiu Fuck.

Vítor Santos
Agência AL

Voltar