Orçamento: Araranguá quer estradas; Criciúma, desassorear rio

A pavimentação da SC-100, de Jaguaruna a Passo de Torres, da SC-446, de Forquilhinha a Maracajá, da SC-440, de Urussanga, Santana a Barro Branco e do acesso Sul de Balneário Arroio do Silva, além do desassoreamento do rio Urussanga e a construção de clínica para tratamento de dependentes químicos na regional de Criciúma, são as obras prioritárias das regiões de Araranguá e de Criciúma para o Orçamento de 2015. As definições aconteceram na manhã desta quinta-feira (22), no salão Ouro Negro do paço municipal de Criciúma, durante audiência pública do Orçamento Regionalizado (OR), realizada sob os cuidados da Comissão de Finanças da Assembleia.

Apesar de constar no Plano Plurianual para 2012/2015, somente agora, em 2014, o desassoreamento do rio Urussanga foi escolhido para figurar no Orçamento do Estado para 2015, condição necessária para viabilizar as obras que as comunidades ribeirinhas reivindicam.

R$ 74 milhões investidos
De acordo com a Secretaria da Fazenda, de 2012 a maio de 2014 foram investidos R$ 74 milhões dos R$ 330 milhões previstos para serem aplicados entre 2012/2015 em ações do Orçamento Regionalizado nas regionais de Araranguá e Criciúma . Desse total, R$ 61 milhões foram gastos na regional de Criciúma e R$ 13 milhões na de Araranguá.

Dos R$ 61 milhões aplicados na região de Criciúma, R$ 12,5 mil foram através do Fundo Estadual de Saúde e R$ 61,9 milhões pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Enquanto na regional de Araranguá, dos R$ 13 milhões investidos, R$ 9,1 milhões foram pelo Deinfra, R$ 12,5 mil pelo Fundo Estadual de Saúde e R$ 4,4 milhões pela Secretaria de Estado da Educação, com a construção de escolas para o ensino médio em Turvo e em Timbé do Sul.

Segundo o balanço feito pela Fazenda, no caso da regional de Criciúma, 5,9% das obras priorizadas no OR para o período 2012/15 estão prontas, 64% estão em andamento, 11 % estão atrasadas e 17% estão em planejamento. Já na regional de Araranguá ainda não há obra concluída, 40% das ações estão em andamento, 10% estão com o cronograma atrasado e 50% delas em planejamento.

"Vir, ouvir e pelear"
Sargento Amauri Soares (PSOL) sintetizou na frase “vir, ouvir e pelear” a opinião geral dos parlamentares que acompanham as audiências do Orçamento Regionalizado, indicando que além de escutar as prioridades, incluí-las no orçamento, resta a mobilização política local e regional para converter uma emenda orçamentária em obra executada. José Milton Scheffer (PP) observou que audiência do OR ajuda o deputado “a representar o desejo” da região. “Facilita o nosso trabalho e nos dá garantia de que defenderemos prioridades verdadeiras”, argumentou Scheffer.

José Nei Ascari (PSD) ressaltou que o momento era de avaliação do que foi feito e  definição de prioridades para o futuro. “Avançamos em alguns investimentos e se não avançamos mais, não foi por falta de unidade”, declarou. Manoel Mota (PMDB) defendeu a inclusão no OR da pavimentação do trecho Jaguaruna a Passo de Torres da SC-100, a chamada Interpraias. Valmir Comin (PP) elogiou a parceria entre o Legislativo e o Executivo. “O respeito mútuo entre o Executivo e o Legislativo catarinenses fizeram com que 64% da sobras do Orçamento regionalizado estão em andamento”, comemorou o parlamentar.

Participação regional
Prestigiaram a audiência pública OR, que foi presidida pelo deputado Gilmar Knaesel (PSDB), os deputados Dóia Guglielmi (PSDB), Ada Lili Faraco de Luca (PMDB), o prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, os secretários regionais de Criciúma e Araranguá, João Rosa Fabris e Heriberto Schmidt, além de prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias dos municípios situados ao sul do rio Urussanga.

Confira aqui as cidades, os locais e os horários das audiências do Orçamento Regionalizado. Já as prioridades elencadas nas audiências realizadas podem ser conferidas aqui.