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06/04/2015 - 16h36min

Omissão de fonte e lançamento equivocado são os erros mais comuns do IR

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Luiz Augusto de Souza Gonçalves, delegado da Receita Federal em Florianópolis FOTO: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

A omissão de fonte de receita e o lançamento de valores equivocados são os erros mais comuns cometidos pelos contribuintes ao declarar o Imposto de Renda (IR). “Tem profissional liberal com nove fontes de receita, é normal esquecer uma”, afirmou Luiz Augusto de Souza Gonçalves, delegado da Receita Federal em Florianópolis, em entrevista concedida aos veículos de comunicação da Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (6).

Já os erros de lançamento ocorrem por desatenção do contribuinte ao digitar valores ou pelo desconhecimento das regras do IR. “Os gastos com saúde, por exemplo, devem ser discriminados para cada membro da família”, ensinou Luiz Augusto, acrescentando que é comum o cidadão declarar o custo global do plano. “Pode acabar na malha fina”, observou.

Organização e atenção
O delegado da Receita pediu atenção e organização ao contribuinte catarinense. “Se organizem, são muito detalhes, este ano até o programa está mais complicado, se comparado com os anos anteriores”, admitiu Luiz Augusto, que culpou as inovações pelas dificuldades. “Todo ano você implementa uma modificação para facilitar, mas na minha opinião pessoal essas inovações vão enchendo muito a tela, complicando a declaração”, argumentou.

Luiz Augusto destacou que neste ano é possível baixar o programa do IR no tablete, inserir os dados, salvar “nas nuvens” e depois continuar a declaração no notebook, finalizando-a pelo telefone. Além disso, o contribuinte pode, através do site da Receita, preencher um rascunho da declaração. “Ele vai preenchendo, registrando mês a mês as despesas com médicos e dentistas, por exemplo”, descreveu o delegado, explicando que é possível importar o arquivo do rascunho para o programa do IR 2015.

Outra novidade é a declaração pré-preenchida, que já vem com os dados da declaração anterior. “Fica mais fácil”, declarou Luiz Augusto. Contudo, para ter acesso à declaração pré-preenchida o contribuinte precisa de certificado digital concedido pela Receita Federal.

Não deixe para a última hora
De acordo com a Receita Federal, 50% dos catarinenses deixam para enviar a declaração na última semana e 15% fazem-no apenas no último dia. “Por isso que pedimos para não deixar para a última hora, o sistema é sujeito a trovoadas, podem acontecer problemas, uma sobrecarga, impedindo a entrega”, justificou Luiz Augusto.

Caso falte algum documento ou informação, a Receita Federal recomenda o envio da declaração mesmo assim. “Não tem prorrogação de prazo, entregue para não perder o prazo e retifique depois, não tem multa para retificação”, avisou o delgado.

Malha fina
A malha fina é um sistema que trabalha com parâmetros e vai separando em ‘caixinhas’ aquelas declarações que ultrapassam parâmetros definidos pela Receita Federal. “Só depois que a declaração é retida é que vem o trabalho do auditor. O sistema faz a intimação e pede os documentos, mas quem vai analisar é o auditor”, explicou Luiz Augusto.

Se o contribuinte lançar gastos com dentista e o profissional não declarar o recebimento e os valores ultrapassarem os parâmetros, os dois contribuintes vão para a malha fina. Neste caso, se o cidadão lançou errado, ao invés de digitar R$ 800, digitou R$ 8.000, basta retificar o valor e os dois saem da malha. Porém, se a Receita apurar que o profissional liberal prestou o serviço e não declarou, o contribuinte sai da malha e o profissional será compelido a declarar o recebimento.

Vítor Santos
Agência AL

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