Oficina debate políticas públicas da saúde, educação e assistência social

Patrícia Maria Zimmermann D'Ávila, delegada de polícia

Dando continuidade às atividades de capacitação, a oficina de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual, realizada na Assembleia Legislativa, abordou na tarde desta quarta-feira (10) três temas relevantes para a articulação e a ampliação do acesso à atenção qualificada de pessoas em situação de violência sexual nos municípios e nas regiões de saúde de Santa Catarina. Com destaque para as políticas públicas na segurança pública, na educação e na assistência social, a oficina contou com a participação de profissionais qualificados de cada áqrea para abordar os temas.
À frente dos trabalhos, a coordenadora de Áreas Programáticas da Gerência de Atenção Básica, Carmem Delziovo, iniciou as atividades  lembrando que a iniciativa apoia-se na organização de redes integradas de atenção intra e intersetoriais. "Nosso debate contribui para a regionalização que prevê que um município menor, onde os serviços de apoio à vítima não sejam disponibilizados, receba o auxílio de um município maior onde o serviço existe."
Com o tema "Políticas públicas na segurança pública", a delegada da Polícia Civil e coordenadora das delegacias de proteção à criança, adolescente, mulher e idoso do Estado, Patrícia Maria Zimmermann D'Ávila, destacou durante sua explanação que as 31 delegacias existentes no estado vêm atuando fortemente no que tange as suas atribuições. "Buscamos oferecer este atendimento, uma vez que se a mulher tiver como procurar ajuda ela sempre vai contar com esta assistência."
Na ocasião, a delegada ressaltou que existem duas possibilidades de fazer a política pública voltada para a segurança pública. "Uma é evitar a criação de rede e implantação do sistema, como se nada estivesse acontecendo, outra é buscar através do debate e eventos como esse trabalhar a realidade para muda-lá." Segundo ela, a  rede cria meios eficazes, debate a matéria e faz com que as pessoas comecem encarar o problema, buscando soluções.
Já a coordenadora do Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola (NEPRE) da  Secretaria de Estado da Educação (SED, Júlia Siqueira da Rocha, trouxe para o debate o tema "Políticas públicas na educação", com enfoque para a perícia pedagógica, aspecto que ela acredita precisar ser revisto. Ao lembrar que muitos professores já estão cansados dos acontecimentos escolares envolvendo violência, a pedagoga destacou que comportamentos violentos de estudantes complexos, práticas violentas de justiça nos contextos escolares de forma hierárquica e verticalizada, relação entre fracasso escolar e famílias que praticam violência na escolas estão entre os principais pontos a serem trabalhados. A professora aponta que estes aspectos precisam de atenção para que as crianças e adolescentes sejam protegidos de toda forma de exploração e abuso sexual. 
A programação do dia foi encerrada com o tema "Políticas públicas na assistência social". O evento segue com uma ampla programação até 12 de agosto.