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10/08/2017 - 11h02min

Obstetra Ricardo Jones é homenageado no Congresso do Parto Humanizado

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Ana Paula Lima e Daphne Rattner entregam homenagem a Ricardo Jones

O pioneirismo do médico obstetra gaúcho Ricardo Herbert Jones foi reconhecido pela Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (10), durante a programação do 3º Congresso Nacional do Parto Humanizado. Jones é um ativista do parto humanizado desde os anos de 1980 por considerar que o parto humanizado diz respeito tanto à saúde da criança quanto aos direitos da mulher e ao seu protagonismo, o poder de decidir sobre seu corpo e seu destino.

O Poder Legislativo aprovou uma moção de aplausos, em louvor e agradecimento ao trabalho realizado pelo médico. A homenagem foi entregue pela deputada Ana Paula Lima (PT) e pela presidente da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (Rehuna), Daphne Rattner. Ana Paula destacou a opção do profissional por uma medicina menos intervencionista. “Algumas pessoas ousaram visualizar um cenário mais humano na obstetrícia, inconformadas com o modelo de atenção que tirava a mulher de cena”, disse a deputada, referindo-se a Ricardo Jones.

O médico, que enfrenta um processo no Conselho Federal de Medicina por ter atendido um parto domiciliar, atribuiu o reconhecimento “ao trabalho que vem sendo feito por um grupo de profissionais que há mais de 30 anos vem lutando pela humanização do nascimento e, evidentemente, sofrendo as consequências de tocar uma ferida aberta que existe na atenção à saúde da mulher no Brasil, com as taxas vergonhosas de cesariana que nós temos e com a violência obstétrica que ainda existe muito nos hospitais”.

Jones relatou que, quando começou a atuar como obstetra, era comum presenciar cenas de violência física e agressões verbais às mulheres nas salas de parto. “Hoje a humanização do nascimento está na ordem do dia em qualquer país do mundo que queira discutir qualidade de saúde para mães e bebês. Fico feliz por receber esta homenagem e a dedico a todos aqueles que, em qualquer canto do Brasil, nas pequenas cidades, nos grandes hospitais e nas universidades, lutam para que as mulheres possam ter mais direitos, para que elas possam fazer escolhas informadas e para que elas tenham o direito de fazer o melhor parto, tanto para elas quanto para seus bebês.”

Programação
Na sequência da programação do congresso no período da manhã, a presidente da Rehuna, Daphne Ratner, palestrou sobre “Humanização do parto e do nascimento numa perspectiva transcultural”. Ela afirmou que, na cultura ocidental, existe uma tendência de se considerar apenas os aspectos biológicos do parto. “A gente esquece de verificar de onde vem essa mulher, o que significa para ela gerar e parir e, principalmente, desconsidera tudo isso no cuidado. A proposta é despertar as pessoas para que comecem a perceber aquela mulher como um ser humano, um indivíduo, incluindo os aspectos sociais e culturais e respeitando esses aspectos”, explicou.

“O protagonismo da mulher no processo de gestação, parto e nascimento” foi o tema da última parte da programação no período da manhã. O 3º Congresso Nacional do Parto Humanizado segue até sexta-feira (11), no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa.

Lisandrea Costa
Agência AL

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