Obras de Rodrigo de Haro engrandecem o acervo cultural da Alesc
Pintor, desenhista, poeta, contista, mosaicista. Artista no mais amplo sentido da palavra. Assim era Rodrigo de Haro, que morreu nesta quinta-feira (1º) aos 82 anos de idade, deixando um vácuo imensurável na arte catarinense. Tamanha é sua importância que quatro obras dele estão em exposição permanente na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
No hall do Parlamento catarinense é possível apreciar dois quadros a óleo sobre tela: “Desterro 1700” e “Desterro 1700”. No gabinete da Presidência estão os quadros em Eucatex “Flores” e “Santa Catarina”, que também engrandecem o acervo cultural da Alesc.
Filho do pintor clássico Martinho de Haro (1907-1985), catarinense de São Joaquim, Rodrigo nasceu em Paris, na França, em 1939, mas foi criado em Florianópolis, onde construiu uma carreira brilhante nas artes.
Rodrigo era graduado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutor pela Universidade do País Basco (Espanha) e pós-doutor pela Universidade Federal Fluminense (Rio de Janeiro).
Membro da Academia Catarinense de Letras, onde foi titular da cadeira 35, teve seu talento reconhecido e premiado tanto no estado quanto no Brasil. Poeta surrealista, teve livros publicados no Brasil, Espanha e Estados Unidos. Ao longo da carreira, teve suas obras plásticas, pinturas e gravuras apresentadas em exposições individuais e coletivas em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
A Alesc lamenta profundamente a perda de Rodrigo, cuja sensibilidade e valores humanistas ficam eternizadas em sua ampla produção artística. As peças de autoria do artista expostas no Palácio Barriga Verde são motivo de orgulho para a Casa e estão sempre à disposição do público.