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28/11/2016 - 11h35min

Novembro Azul não deve ter como foco só o câncer de próstata, ressalta médica

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Aline da Rocha Lino, médica do Cepon, de Florianópolis

Novembro está chegando ao fim e com ele talvez mais uma oportunidade tenha sido desperdiçada no sentido de conscientizar a população masculina sobre os cuidados com a própria saúde.  A afirmação parece soar como um contrassenso, já que o período é dedicado justamente à realização de uma campanha neste sentido, o Novembro Azul. O problema, alertam os profissionais da área médica, é o foco excessivo no câncer de próstata, o que acaba tirando a atenção da sociedade para outras neoplasias e doenças comuns aos homens.

Um exemplo neste sentido são as doenças cardiovasculares, tais como infartos e AVCs (Acidente Vascular Cerebral), que atualmente respondem por cerca de 30% das causas de mortes entre os homens, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Ainda que sejam de menor incidência, cânceres específicos dos homens, como os que atingem o pênis e os testículos (3 a 5 casos a cada grupo de 100 mil indivíduos, segundo o Instituto Nacional do Câncer), também deveriam ser melhor divulgados, observa a médica Aline da Rocha Lino, do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), de Florianópolis. “A recomendação é que, a exemplo do que é indicado para as mulheres para a detecção do câncer de mama, os homens também realizem o autoexame e, se for verificado alguma anormalidade como um testículo maior do que o outro, ou mais duro, ou ainda dor, que procurem o médico o quanto antes.”

Nestes casos, ressalta a especialista, que atua no Ambulatório de Atendimento aos Adolescentes e Jovens Adultos do Cepon, o diagnóstico precoce faz toda a diferença para o sucesso do tratamento.

Este foi o caso do professor de design, Lucas Garcia, de 28 anos, que em meados de 2015 foi diagnosticado com câncer no testículo, ainda em fase inicial. “Ao fazer uma corrida senti fortes dores, o que me assustou um pouco e me fez procurar atendimento médico imediato. Hoje vejo que agi de forma certa, pois descobriram um tumor de nível agressivo em formação na área.”

O tratamento envolveu nove semanas de quimioterapia e a retirada de um testículo, mas ao final Garcia ficou totalmente curado. A experiência o motivou, inclusive, a criar um site voltado à formação de uma rede de apoio entre as pessoas afetadas pelo câncer, a Vitalis.   
 

Alexandre Back
Agência AL

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