Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
22/05/2023 - 16h57min

Mudança na gestão do Hospital da Criança de Chapecó é tema de audiência

Imprimir Enviar
Audiência da Comissão de Saúde ocorreu na tarde desta segunda-feira (22), no Centro de Eventos de Chapecó. FOTO: Agência AL

A mudança na gestão do Hospital da Criança (HC) Augusta Müeller Bohner, em Chapecó, foi tema da audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, em conjunto com a Câmara Municipal da Chapecó, na tarde desta segunda-feira (22), no Centro de Cultura e Eventos do município. No encontro, funcionários do hospital e autoridades locais demonstraram preocupação com a mudança.

Com 51 leitos ativos, o HC é referência no atendimento pediátrico para todo o Oeste catarinense. Além de internações e atendimento ambulatorial, a unidade realiza cirurgias e é referência em UTI Neonatal. Só em 2022, foram 67 mil atendimentos ambulatoriais, 62 mil de pronto-socorro, além de 3,6 mil internações.

A partir do próximo dia 1º, a gestão do HC passará da Associação Lenoir Vargas Ferreira, que também é responsável pelo Hospital Regional do Oeste (HRO), para a Prefeitura de Chapecó, que a repassará para uma empresa a ser definida. Segundo o presidente da associação, Reinaldo Lopes, o convênio com o Estado terminou em março e não foi renovado, o que tornou a administração do hospital inviável, do ponto de vista financeiro. “Vamos poder concentrar nossas atenções no hospital regional”, afirmou o dirigente.

Um dos problemas é o destino dos 186 funcionários do HC. Segundo Lopes, a associação não conta com recursos para pagar as rescisões. Uma das alternativas é transferi-los para o HRO. Mas, durante a audiência, a secretária de Estado da Saúde, Carmem Zanotto, defendeu que esses colaboradores sejam mantidos no HC pela empresa que assumir a gestão da unidade.

“Temos que ter continuidade. Não tem como um profissional que nunca atuou na pediatria entrar na pediatria”, declarou a secretária. “Tem que se fazer um grande acordo com relação aos funcionários. Não é só dinheiro, estamos falando de vidas, de profissionais.”

Atendimento
Outra preocupação demonstrada durante a audiência diz respeito à continuidade do atendimento do HC. O secretário da Saúde de Chapecó, Jadir Danielli, afirmou que, num primeiro momento, o contrato com a empresa será temporário até que o município, com a ajuda do Estado, construa um novo modelo de gestão para o hospital. “O município fará de tudo para que não haja problemas de atendimento nessa transição”, disse.

Mesmo com a municipalização, pacientes de cidades da região seguirão sendo atendidos no HC, garantiu o secretário. A secretária Carmem Zanotto também garantiu o funcionamento do hospital. “O Oeste de Santa Catarina não vai ficar sem o HC. O Estado vai ajudar, juntos vamos buscar como vai se dar a gestão”, declarou.

Os atendimentos de urgência e emergência também foram motivo de preocupação. Com a mudança na gestão, o HRO deve concentrar todos esses atendimentos já que, segundo o diretor do HC, Nemésio Carlos da Silva, a unidade não é habilitada pela urgência e emergência, apesar de atender esses casos.

A audiência em Chapecó foi conduzida pela deputada Luciane Carminatti (PT). A parlamentar ressaltou a importância do HC para toda a região Oeste. “Nossas crianças precisam de um hospital de referência”, disse Luciane. “Queremos a garantia desse atendimento, para a tranquilidade de pais e mães, e também a permanência dos funcionários, que já tem a qualificação necessária para esse atendimento.”

Pedidos
Proponente da audiência na Câmara Municipal de Chapecó, o vereador Ivaldo Pizzinatto (União), o Gringo, defendeu que o Estado assuma a gestão do HC e do HRO, além do apoio financeiro dos municípios da região. “Ou o Estado passa o recurso suficiente ou ele assume os hospitais. Por quanto tempo a prefeitura vai dar conta de administrar sozinha?”, questionou o vereador, que também defendeu a permanência dos funcionários no HC.

O presidente da Câmara de Chapecó, vereador Fernando Cordeiro (PSC), demonstrou preocupação com a possibilidade do atendimento pediátrico de urgência e emergência ser concentrado apenas no HRO. “O hospital regional já está sobrecarregado e vai passar a ter mais demanda. A partir do momento em que estamos lidando com saúde de crianças, não podemos brincar. Não podemos correr o risco de ter um colapso nesse atendimento”, disse.

O presidente da Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc), Julcimar Lorenzetti, pediu o HC siga atendendo os demais municípios oestinos mesmo com a municipalização. Ele colocou a associação à disposição da Prefeitura de Chapecó para estudar formas de auxiliar o hospital.

Marcelo Espinoza
Agência AL

Voltar