Movimento denuncia extração comercial de areia em dunas de Imbituba
A extração comercial de areia nas dunas da Praia da Ribanceira, em Imbituba, no Litoral Sul, preocupa os membros do Movimento SOS Dunas da Ribanceira, que ocuparam a tribuna da Assembleia, na tarde desta quarta-feira (27), por solicitação da deputada Angela Albino (PCdoB). Eles acreditam que se a atividade não for interrompida, a fauna e a flora do local podem ser extintas.
De acordo com Eduardo Rosa, integrante do movimento, as dunas ficam em uma área de preservação permanente (APP), numa região que é conhecida como berçário das baleias franca. Há também relatos da existência de sambaquis com mais de 6 mil anos que foram enterrados no processo de retirada da areia.
Rosa explicou que uma ação civil pública foi movida pelo Ministério Público. A exploração da areia foi proibida, mas a empresa extratora conseguiu uma liminar e prossegue em atividade. “Há dunas que tinham de 60 a 70 metros de altura, há dez anos. Hoje só existem dunas de 50 metros”, relatou.
Além dos danos ambientais, a extração da areia tem causado transtornos a moradores dos bairros vizinhos às dunas. “Temos relatos de moradores do bairro Arroio que reclamam do excesso de poeira e do surgimento de rachaduras em seus imóveis devido ao constante movimento de máquinas e caminhões”.
O movimento denunciou, na tribuna, que a areia extraída estaria sendo utilizada nas obras da ponte estaiada de Laguna. O material, no entanto, não seria adequado para esse tipo de construção.
Agência AL