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23/07/2018 - 12h35min

Mostra do Vinho evidencia potencialidades do Vale do Rio do Peixe

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A programação da Mostra também marcou a passagem dos 70 anos de emancipação política de Tangará
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Sucos, vinhos e espumantes dos mais variados tipos e procedências. Quem teve a oportunidade de passar pela 7ª Mostra do Vinho Catarinense, realizada nesse final de semana (21 e 22) em Tangará, pôde conhecer e degustar um pouco do que é produzido no estado, especialmente nos municípios do Vale do Rio do Peixe, que têm na vitivinicultura uma das suas bases econômicas. 

O evento foi promovido pela prefeitura de Tangará, com o apoio da Assembleia Legislativa, Sindicato das Indústrias do Vinho de Santa Catarina (Sindivinho), Cresol, e contou com a participação de 29 vinícolas.

A programação da Mostra, que também marcou a passagem dos 70 anos de emancipação política de Tangará, iniciou ainda na sexta-feira (20), com a realização do Baile do Vinho e a escolha da Rainha do Vinho Catarinense 2018. Já no sábado, foram realizadas oficinas de degustação, atividades culturais, simpósios sobre técnicas ligadas a vitivinicultura e a apresentação do Circuito do Caravaggio, voltado ao enoturismo, contemplação da natureza, gastronomia, religiosidade e esportes radicais.

Esta é a segunda ocasião em que a Mostra, que teve sua primeira edição em 2011 na Assembleia Legislativa, é realizada no interior do estado – em 2017 o município de Videira recebeu o evento. A ideia para a criação de uma festividade voltada especialmente à promoção de derivados da uva surgiu em 2009, após a aprovação no Parlamento estadual de um projeto do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), estabelecendo o Dia do Vinho em Santa Catarina. “A vitivinicultura é uma importante atividade de inclusão e renda para milhares de famílias do Vale do Rio do Peixe, por isso a Mostra do Vinho Catarinense cada vez mais se consolida em toda a região”, afirmou o parlamentar na ocasião.

Conforme o presidente da comissão organizadora da Mostra, Alan dos Santos, o objetivo é que a iniciativa funcione como uma vitrine para o que é produzido nos municípios do Vale do Rio do Peixe. Atualmente Tangará conta com as maiores lavouras de uva do estado (10 mil toneladas em 2017), enquanto Pinheiro Preto e Videira se destacam como maiores fabricantes, respectivamente, de vinho e espumante. “É comum que as pessoas consumam os nossos produtos sem saber que foram feitos aqui. Este é, portanto, um momento para dar visibilidade a nossa produção e mostrar nossas potencialidades para Santa Catarina e o Brasil”, disse.

Já o prefeito de Tangará, Nadir Bau, destacou a Mostra do Vinho como uma ação coletiva das administrações públicas locais. “Essa união é que tem dado um alento e uma esperança para que a nossa região se torne mais forte. E nós temos produtos de altíssima qualidade, não só no suco, no vinho, no espumante, mas também na gastronomia, nas belezas naturais e é nisso que, nós gestores, estamos trabalhando para que os nossos municípios estejam na mídia.”

Para os próximos anos, a proposta é que as cidades contem com espaços específicos para receber a festividade. “Defendemos, de uma forma muito grande e muito abrangente, que daqui a pouco tenhamos centros de eventos específicos para o tema, para que toda a região e o estado possam estar nesses locais para as festividades do Dia do Vinho, as mostras e outros eventos como feiras de negócios da vinicultura.”

 

Circuito do Caravaggio
Outro destaque da programação da 7ª Mostra do Vinho Catarinense foi a apresentação, na tarde de sábado, do Circuito do Caravaggio, trecho de 25 quilômetros em meio à zona rural de Tangará, no qual se pretende implantar uma nova rota turística no estado.

Além das belezas naturais da localidade, entremeada por serras, riachos e campos de cultivo, o circuito disponibilizará aos visitantes o que é produzido nas sete propriedades que atualmente integram o projeto.

Para a proprietária rural Veronice Comachio, que há dez anos produz conservas, geleias de frutas, doces, compotas, sucos e vinhos, o circuito é uma oportunidade de potencializar a atividade, realizada de forma artesanal. “Não só eu, mas também meus vizinhos, estamos bem animados com essa iniciativa, que deve gerar uma nova fonte de renda para a gente aqui no campo. Muitos estão criando pousadas e também salas de degustação para ofereceram seus produtos aos turistas.”

Outra atração que deve fomentar o turismo em Tangará é uma relíquia de Santo Antônio, recebida nesta semana diretamente de Pádova, na Itália. O objeto de veneração, formado por fragmentos do osso rádio, pertencente ao braço direito do santo, ficará exposto na igreja matriz da cidade.   

 

 

 

Alexandre Back
Agência AL

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