Moradores e professores do Sul da Ilha exigem abertura de nova escola na Capital
Há quase cinco anos em obras, pais, alunos e professores da região dos bairros Rio Tavares e Campeche, de Florianópolis, exigem o início imediato das atividades letivas no prédio da Escola Jovem do Sul da Ilha. Os 600 alunos do ensino médio estão sem aulas devido à interdição da Escola Estadual João Gonçalves Pinheiro, onde estudavam até o ano passado.
Para cobrar providências do governo do estado, os moradores promoveram uma manifestação na tarde desta terça-feira (18), em frente à nova escola que se encontra em fase final de construção. A deputada Angela Albino (PCdoB) acompanhou os protestos e disse que a Assembleia Legislativa pode contribuir dando visibilidade à causa.
“A comunidade tinha um compromisso com o governo do estado de poder iniciar as aulas já na nova escola. Hoje a gente veio pedir que este compromisso se cumpra”, disse Angela, que visitou as instalações da escola atual e viu de perto a situação precária a que os alunos estavam expostos. “Os professores, com razão, não permitem que as crianças entrem porque a segurança do prédio está afetada.”
Problemas estruturais, instalações elétricas e hidráulicas precárias, além de banheiros, cozinha e biblioteca desativados estão entre as principais queixas. “Nós professores, junto com a APP (Associação de Pais e Professores), decidimos interditar a escola e interromper as atividades. Exigimos a abertura imediata da nova escola”, disse o professor de Biologia, Ricardo Moraes.
A Escola Jovem do Sul da Ilha fica ao lado do Conselho Comunitário do bairro, próximo ao Trevo do Campeche. Com estrutura ampla e quadra de esportes, terá 20 salas de aula. A atual escola tem oito salas para os 600 alunos.
Promessa para março
“Tivemos uma reunião com a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) e foi informado o prazo de entrega para 20 de março com o início das aulas para 7 de abril. Será que não é mais uma promessa falsa? A promessa inicial era para 2010”, criticou o professor Ricardo.
O secretário Regional da Grande Florianópolis, Clonny Capistrano, confirmou as informações e garantiu que em 30 dias a escola ficará pronta. “Faltam detalhes e adequações. Depois da obra concluída, precisamos de mais dez dias para a limpeza e mobília”, observou Capistrano.
Segundo a SDR, um calendário letivo especial será definido para que os alunos não tenham prejuízo de conteúdo e recuperem as aulas. “Seguimos a solicitação da comunidade escolar e interditamos a atual escola”.
Rádio AL