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15/03/2022 - 17h42min

Morte de PM, críticas à Justiça e ao oportunismo: destaques da sessão

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Minuto de silêncio em honra ao policial militar assassinado
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

A morte do PM Luiz Fernando Oliveira, baleado na última sexta-feira (11) em Florianópolis, repercutiu na Casa do Povo com um minuto de silêncio na sessão de terça-feira (15), além de críticas à Justiça e ao oportunismo do uso político da tragédia.

“Estou parabenizando a Polícia Militar (PMSC), bem como o Bope, pela excelente operação que terminou com a morte de um vagabundo na noite de sexta-feira. Ofereceram a oportunidade de rendição, mas se embrenhou no mato e em confronto veio a óbito, infelizmente em detrimento da morte de um policial que o vagabundo havia matado horas antes”, relatou Jessé Lopes (PSL).

O parlamentar lembrou que o assassino foi preso em 2013 e 2014, sendo que foi solto poucas semanas depois da última prisão.

“O policial foi morto por um cara que deveria estar preso porque o Judiciário passa a mão na cabeça de vagabundo”, acusou Jessé, que ironizou o fato de que morto, o assassino não receberia uma “cartinha de amor do juiz de execução penal” de Joinville.

Ricardo Alba (PSL) pediu ao deputado Maurício Eskudlark (PL), que presidia a sessão, a observação de um minuto de silêncio em honra ao policial assassinado. O presidente aquiesceu e o Plenário e as galerias ficaram em silêncio antes do início do horário dos partidos políticos.

“Estou protocolando uma moção de aplauso à PMSC e ao Bope pelo desempenho na missão de enfrentar o criminoso que matou o policial”, completou Alba.

Sargento Lima (PL), Bruno Souza (Novo), João Amin (PP), Ana Campagnolo (PSL) e Ismael dos Santos (PSD) lamentaram o ocorrido.

“Mais um capítulo da triste história da segurança no estado de Santa Catarina. O assassino do Luiz Fernando não puxou o gatilho sozinho, o estado teve todas as oportunidades para evitar aquele momento, tinha conhecimento de com quem estava lidando, existe um protecionismo para o criminoso”, avaliou Lima.

“Precisamos chamar o judiciário à responsabilidade, temos de ter a coragem de denunciar quem tem responsabilidade na situação caótica”, afirmou Bruno.

“O Luiz Fenando era de Ponta das Canas, conheço a família, é filho do Valdemar e irmão do Marquinhos”, declarou João Amin, que lembrou em seguida que na região vivem outros policiais militares.

“Quando soubemos, a família toda se entristeceu”, revelou Ana, aludindo ao fato de que o marido da deputada é policial militar.

“Perdemos na última sexta-feira o soldado Luiz Fernando, 35 anos, vítima de uma rajada de fuzil. Quanto custa um fuzil AK 47? R$ 40 mil, R$ 50 mil. Vejam vocês o poder dos nossos arqui-inimigos. Deixo registrado meus sentimentos aos familiares e aos colegas de trabalho”, discursou Ismael.

Coronel Mocellin (Republicanos) deplorou a morte de Luiz Fernando e condenou com veemência o oportunismo de usar a morte do policial para fins políticos.

“Nosso espanto que no momento de tristeza o oportunismo é lançado nas redes sociais, provocando confronto na tropa para satisfazer ambições. É um descalabro que está gerando grande revolta nos meios policiais. Desconhece a realidade ou pretende atacar uma classe estimulando a quebra da hierarquia e da disciplina”, argumentou Mocellin, referindo-se à alusão sobre a diferença salarial entre soldados, como Luiz Fernando, e os oficiais da PMSC feita por parlamentar da Casa.

Ivan Naatz (PL) respondeu.

“Quero lamentar esse triste episódio, mais um soldado guerreiro morto covardemente na prestação de serviço. Quero fazer uma reflexão pelo índice de praças mortos, policiais que estão na rua. É  para defender os praças que estou aqui, com respeito a todas as outras patentes, mas quem está enfrentando a bandidagem é o praça e quem ganha os menores salários são os praças, são eles que sofrem com depressão, suicídio, são os praças”, insistiu Naatz.

Eduardo Bueno
Ana Campagnolo exibiu no telão do Plenário vídeo em que o professor Eduardo Bueno critica a parlamentar e aponta que em Santa Catarina o nazismo encontrou solo fértil.

“É um progressista, conhecido professor de História e jornalista, para ele Santa Catarina é o estado mais nazista do Brasil. Ele celebrou a morte do professor Olavo de Carvalho”, contou Ana, que apontou a estratégia de Eduardo de “desumanizar o opositor”, típica dos estados totalitários.

A deputada pediu à Procuradoria da Casa que verifique se não é o caso de defender o cidadão catarinense diante das acusações.

Arcanjo 6
Bruno Souza acusou o governador Carlos Moisés de utilizar o Arcanjo 6, um avião ambulância do Corpo de Bombeiros, para participar de eventos políticos.

“É uma aeronave ambulância, capacitada para atender emergências, transportes de pacientes, então qual motivo levou essa aeronave a transportar políticos e autoridades?”, questionou o parlamentar.

Segundo Bruno, quando o avião foi utilizado para o governador viajar a Brasília, houve um pedido de transferência de uma criança, que foi negado pela Corporação por falta de aeronave.

“Tiveram que improvisar o transporte”, apontou Bruno.

Ivan Naatz concordou com o colega e previu que os desmandos no governo aumentarão.

“Vai ficar pior, porque Eron Giordani, secretário da casa Civil, está voltando para a Assembleia e agora vai ser um bate-cabeça que vai orientar o governador em exercício. Será um vexame atrás do outro”, previu Naatz.

Kennedy Nunes (PTB) seguiu os colegas nas críticas ao governador e exibiu fotos do Arcanjo 6 em Caçador, oportunidade em que o secretário da Saúde, André Mota Ribeiro, palestrou na aula inaugural do curso de Medicina da universidade local.

Kennedy ainda exibiu fotos da aeronave em Bonito (MS), Lages, Chapecó e Brasília.

“Como se tornar o pior aluno da escola”
Ismael dos Santos criticou o filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, de 2017, e classificou a produção de “estratégia pró-pedofilia”.

“Não é uma produção cinematográfica de humor, mas para banalizar o abuso infantil e a pedofilia e pedofilia não é humor, é crime”.

Epidemia de dengue
Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde, alertou os gestores públicos, principalmente municipais, para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, causador da Dengue, Zica e Chikungunia.

“A situação é alarmante, temos 119 cidades infestadas pelo mosquito Aedes, precisamos de grandes ações para combater os focos nos municípios. Quatro cidades estão no nível de epidemia e já tem morte registrada”, informou Saretta.

88 anos de Gaspar
Celso Zuchi (PT) parabenizou os servidores do Legislativo pelo sucesso da sessão solene realizada naquela cidade para celebrar os 88 anos de fundação do município.

“Quero parabenizar os servidores desta Casa, que prepararam todo o cerimonial, um forte abraço a todos. Foi a primeira vez que Gaspar recebeu uma sessão desse porte”.

Vítor Santos
Agência AL

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