Mais seis estudantes iniciam estágios pelo Programa Alesc Inclusiva
Mais seis estudantes com deficiência iniciaram seus estágios na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (3), dentro do Programa Alesc Inclusiva. Eles se juntam a outros três estagiários que já estavam em atividade no Parlamento catarinense.
Entre os iniciantes está o estudante de Engenharia Civil do IES/Fasc, Gabriel Bortoli da Silva (20). Ele desenvolverá seu estágio na Coordenadoria de Serviços Técnicos da Alesc e poderá, pela primeira vez, aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. “É uma oportunidade de aperfeiçoamento e crescimento profissional, importante num momento em que a economia está ruim, sem muitas opções de estágio”, comentou o estudante, que tem neuropatia hereditária motora e sensorial.
O Programa Alesc Inclusiva foi criado em 2013 com o objetivo de oferecer vagas de estágio dentro da Assembleia para estudantes com deficiência no ensino médio e superior. Conforme Janice Krasniak, que integra a comissão interinstitucional responsável pela seleção dos estagiários, todos os estudantes que passaram pelo Alesc Inclusiva estão empregados. O programa também se transformou em referência para outras instituições.
“Com o Alesc Inclusiva, o Parlamento também se tornou mais humano, mais sensível à causa da pessoa com deficiência. Hoje nós vemos as pessoas com deficiência circulando pela Assembleia e sendo bem recebidas”, disse Janice.
As inscrições para o programa são feitas pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee-SC). A seleção é de responsabilidade da comissão interinstitucional formada por representantes da Assembleia, Conselho Estadual dos Diretos da Pessoa com Deficiência (Conede-SC) e Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).
Os participantes trabalham 4 horas diárias, somando 20 semanais. O contrato de trabalho tem duração de um ano, com possibilidade de prorrogação por mais um. Os estudantes de ensino médio recebem remuneração mensal de R$ 650. Já a bolsa dos alunos de ensino superior é de R$ 950. Todos têm direito a auxílio-transporte de R$ 150 e vale-alimentação de R$ 600.
Um dos estagiários há mais tempo em atuação é Michel Moraes Ribeiro, 27 anos. Formado em Direito e cursando Administração, ele tem baixa visão desde os 21 anos e acredita que o Alesc Inclusiva possibilita aos estagiários adquirirem experiência profissional, além de se tornarem mais independentes financeiramente. “A minha sugestão para a melhoria do programa fica com relação aos setores da Assembleia, que podem explorar mais as capacidades dos estagiários”, afirmou Michel, que está prestes a completar dois anos de atividades na Alesc.
Agência AL