Livro sobre história do PDT em Santa Catarina é lançado na Alesc
Nesta segunda-feira (31), a Alesc sediou o lançamento do livro “Memórias”, da autora Dalva Maria de Luca Dias. A obra retrata os 44 anos de história do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Santa Catarina. A iniciativa é do representante do PDT na Alesc, deputado Rodrigo Minotto. O evento também contou com a presença do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Para Minotto, o trabalho de Dalva será referência para todos que quiserem conhecer a história do partido. Ele também destacou que a produção do livro foi voluntária. O livro “Memórias” será distribuído gratuitamente e pode ser retirado no gabinete do deputado.
O trabalho resgata fotos, recortes, documentos e depoimentos de personagens que participaram da fundação do PDT, em 1979, e do seu desenvolvimento ao longo da década de 1980, no contexto da redemocratização do Brasil. O livro reflete sobre o impacto do partido na política catarinense e no processo de construção da democracia no país.
De acordo com Dalva, o trabalho de reunir documentos foi desafiador, porque há uma escassez de registros históricos do partido. Segundo ela, o livro destaca a participação de Doutel de Andrade e Manoel Dias, dois catarinenses na fundação do partido, e o objetivo é que sirva de inspiração para as gerações futuras.
A autora também fez parte da construção do PDT e ainda atua no partido. Dalva de Luca é pedagoga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é fundadora do Movimento das Mulheres do PDT em Santa Catarina. Ela já ocupou diversos cargos dentro da estrutura partidária e também foi secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina entre 2007 e 2010 e secretária de Assistência Social de Florianópolis em 2012.
Um dos retratados da obra, Manoel Dias, é marido da autora. Ele foi eleito vereador de Criciúma em 1962 e, com o golpe militar de 1964, foi cassado. Em seguida, ficou preso por quase um ano pelo regime militar. Já em 1966, Dias conseguiu eleger-se deputado estadual e foi constituinte em 1967. No ano seguinte, foi novamente cassado pela ditadura militar. Após a anistia, Manoel Dias ajudou a fundar o PDT e chegou a ser ministro do Trabalho entre 2013 e 2015.
Com a colaboração de Cintia de Oliveira