04/02/2009 - 13h41min
Líder do PT viaja à França em busca de práticas para a produção leiteira
Com a expectativa de estreitar relações entre Brasil e França e, principalmente, desenvolver a agricultura familiar de Santa Catarina, o deputado estadual Dirceu Dresch, líder do PT, viajou no último domingo para a cidade francesa de Bourg, em Bresse. Acompanhado por uma delegação de famílias agricultoras do Sul do país, o parlamentar pretende conhecer até o dia 8 de fevereiro as propriedades e agroindústrias de leite, as políticas públicas voltadas ao setor e visitar as cooperativas para ver de perto as experiências da raça bovina Montbéliarde.
Dresch concedeu entrevista à rádio Alesc Digital, na manhã de hoje (4), período da tarde na França, quando classificou a expedição como “uma experiência muito rica”, já que naquele país europeu o desenvolvimento da agricultura é bastante expressivo. Segundo ele, a ajuda e a participação dos agricultores locais, além do cooperativismo que dá certo, alavancam o setor. “Nosso objetivo é conhecer os animais, o cooperativismo e conversar com integrantes da comunidade européia em relação às políticas públicas, de controle e de produção para a agricultura familiar”, resumiu.
Os grandes volumes produzidos de gordura e leite, além da carne de boa qualidade dos animais da raça Montbéliarde, motivaram a ida à França da delegação de dirigentes da Cooperativa de Crédito da Agricultura Familiar (Cresol Central RS/SC) para uma missão técnica, a convite da cooperativa francesa Coopex Montbéliarde, exportadora de sêmen da raça. Pelas características melhoradas e pela grande capacidade de adaptação ao clima tropical, atualmente mais de 50 países trabalham com esses animais. No Brasil, é possível encontrar os Montbéliarde nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Autor de quatro projetos em tramitação na Assembléia que incentivam, fortalecem e regulamentam a produção familiar de leite no estado, Dresch afirma que as diferenças entre os países existem, mas que é possível utilizar aqui as práticas positivas. “Podemos aproveitar o que há de bom aqui e levar para o Brasil para melhorar o que já temos.” (Andreza de Souza/Divulgação Alesc)