Assinatura da Carta Chapecó encerra 2º Seminário Mercosul no Oeste
Com a assinatura da Carta Chapecó, que abrange propostas de melhorias e avanços em diversos segmentos de interesse da cidadania do Mercosul, debatido durante as oficinas e atividades do evento, chegou ao fim, na sexta-feira (24), o 2º Seminário Mercosul Cidadão, realizado no Centro de Eventos Plinio Arlindo de Nês, em Chapecó, no Oeste catarinense. O documento assinado pelo prefeito local, José Claudio Caramori (PP), pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio (PSD), pelo presidente do Bloco Brasileiro da UPM, deputado Kennedy Nunes (PSD), e pela presidente da UPM, Maria Elena Torresi, será direcionado aos deputados, prefeitos e vereadores participantes do evento, com a intenção de que as medidas previstas na carta sejam adotadas.
Após a leitura da Carta de Chapecó, Caramori fez um balanço dos itens que compõem o documento. Ao todo, são 24 propostas destinadas à melhoria de muitos segmentos entre os países do Mercosul. “A carta contém sugestões voltadas para o Aquífero Guarani, a Bacia Platina, as bacias hidrográficas mais importantes da America do Sul, além de assuntos pertinentes as universidades, questões de turismo e integração, entre outras questões que possam aproximar as pessoas mostrando de fato as intenções do Mercosul”, pontuou.
Gelson Merisio disse que o diálogo proposto durante o seminário é uma das melhores formas de promover a integração do bloco regional, visando aprimorar o que já vem sendo feito no dia a dia. “Dentre os países envolvidos, o Brasil, em especial Santa Catarina, é beneficiada com esse intercâmbio de informação, especialmente por ter em suas divisas parceiros importantes, tanto na questão comercial, como cultural. É gratificante preservar essa relação”, declarou.
Comunicação
A solenidade de encerramento foi marcada pela realização do 1º Seminário de Comunicadores do Mercosul, com uma palestra ministrada pelo jornalista e escritor Ariel Palacios, correspondente da Globo News em Buenos Aires. Ele apontou os desafios para a integração dos países do Mercosul. “Vemos hoje um cenário complicado, como já visto em outras ocasiões entre os países do Mercosul, centrado na crise econômica vivida pela Argentina e um esfriamento do setor econômico o Brasil. Já o Paraguai e o Uruguai passam por um momento tranquilo, porém são sócios menores”, destaca.
Segundo ele, na Argentina, o empresariado encontra-se muito preocupado por conta da situação no Brasil. “Altamente dependente do mercado brasileiro, a produção automotiva da Argentina, com aproximadamente 50% da sua produção automotiva é exportada, sendo que desta porcentagem quase tudo é vendido para o Brasil”, frisou.
O jornalista explica que, com a crise, o Brasil compra menos carros da Argentina, gerando um efeito preocupante que atinge os dois países do Mercosul. Outras questões como problemas fiscais na Argentina e fato do país estar em ano eleitoral acentuam essas incertezas. “Acredito que o ano de 2016 possa ser uma retomada do Mercosul, pois haverá um novo governo. Independente do eleito, tenho certeza que esses candidatos estarão mais dispostos a voltar a colocar o Mercosul nos trilhos do que o governo atual. Temos uma situação complicada agora, mas com um futuro a médio prazo com um relativo otimismo”, avaliou.
Homenagens
No encerramento do seminário, o chapecoense e ex-deputado estadual Milton Sander recebeu uma homenagem por ser um dos primeiros fundadores da UMP. A presidente da UPM, Maria Elena Torresi, também foi homenageada.
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