Legislativo sedia lançamento do livro “A sangrenta Guerra do Contestado”

Foto: divulgação

Considerado referência na literatura catarinense, o jornalista e escritor Paulo Ramos Derengoski lança na noite desta terça-feira (8), no Hall da Assembleia Legislativa, o livro “A sangrenta Guerra do Contestado”. Natural de Lages, filho de um oficial da engenharia militar brasileira, Derengoski trabalhou durante quatro anos na busca de respostas para muitas dúvidas relacionadas ao maior conflito bélico já ocorrido no Brasil, a revolta do Contestado, ocorrida entre 1912 e 1916 em Santa Catarina.

Segundo o autor, o trabalho de pesquisa resultou na obra que resgata a história de catarinenses e brasileiros com a mesma criatividade e vivacidade de um romance, onde a cada capítulo buscou detalhar as inúmeras batalhas ocorridas, em pelo menos 12 municípios catarinenses, que ocasionaram a morte de aproximadamente 10 mil pessoas. “Este livro possibilita aos catarinenses conhecer um pouco da maior revolta social das Américas, em um enredo de luta pela terra e a colonização predatória”, revela.

Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Derengoski ressalta que o Contestado não foi apenas um episódio social, mas também envolveu questões fiscais, provincianas, reações monarquistas, ausência de tradição religiosa, desemprego, grilagem de terras, ignorância e miséria. Para ele, o importante tema do episódio do Contestado é de extraordinária importância na história barriga verde, considerado um dos marcadores da identidade cultural dos catarinenses. “As consequências do evento perpassam o cenário histórico, influindo diretamente nos limites territoriais do estado, que completou centenário no ano de 2012”, comenta.   

Prefácio
O livro traz em seu prefácio o governador Raimundo Colombo. “O governador escreveu que a saga do Contestado poderia muito bem ser comparada com a Guerra de Canudos, mas a grande diferença foi que o Contestado envolveu várias cidades de SC e principalmente vários combates. Até aviões vindos da Itália foram usados no combate”, revelou Derengoski.