30/05/2012 - 16h30min
Legislativo recebe movimento em prol do cursinho pré-vestibular da UFSC
Representantes do movimento que luta pela permanência do cursinho pré-vestibular gratuito, oferecido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estiveram na Assembleia Legislativa, nesta tarde (30), solicitando ao governador Raimundo Colombo que mantenha o convênio junto á instituição. O cursinho iniciou suas atividades em 2003 e atendeu em torno de 21,6 mil estudantes carentes. Com o apoio do governo estadual desde 2008, por meio de um investimento de R$ 3 milhões por ano, o cursinho chegou a atender, em 2011, mais de 3,1 mil alunos, realizado em 29 municípios catarinenses.
Segundo os organizadores da comissão, o cursinho apresenta significativos índices de aprovação nos vestibulares de universidades públicas. As aulas, que deveriam ter começado em abril deste ano, estão suspensas por conta do cancelamento do repasse de recursos da Secretaria de Estado da Educação ao projeto.
Da tribuna, a presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES/SC), Bianca Innocencio, explicou que o cursinho atualmente é o mecanismo mais eficaz para o aluno da rede disputar uma vaga com alunos de escolas particulares. Segundo ela, a escola pública, por conta de todas as consequências referentes à desvalorização, não é suficiente para garantir o acesso dos estudantes às universidades públicas, mesmo diante das cotas destinadas a estes alunos. “O índice de aprovação do ano passado foi de 58%”, argumentou.
Pai e representante da comissão de pais do cursinho pré-vestibular da UFSC, Jocelito Roberto Corrêa manifestou em Plenário sua preocupação com o futuro dos alunos que necessitam desta bolsa. “Solicitamos a sensibilidade do governador visando a liberação imediata de recursos para custear o pré-vestibular da UFSC. Esse curso preparatório é uma ferramenta essencial para colocar os alunos da rede pública em pé de igualdade com os candidatos de escolas particulares na disputa por vagas. Estamos aqui porque acreditamos em uma escola pública de qualidade e queremos nossos filhos dentro dessas universidades públicas”, avalia. (Tatiani Magalhães)