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12/04/2013 - 13h05min

Assembleia é parceira no Congresso Transtornos do Desenvolvimento: Autismo

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Fórum sobre o Autismo - Fraiburgo. Foto: Alberto Neves

O desafio de capacitar, aprimorar e desenvolver competências profissionais e individuais é o principal objetivo do Congresso de Transtornos Invasivos do Desenvolvimento – Autismo, que teve início na manhã desta sexta-feira (12) e segue com atividades no sábado, no Auditório do Hotel Renar, em Fraiburgo. Direcionado a pais, educadores e profissionais da saúde, o evento promovido pelo Instituto de Capacitação Pedagógica (Incape) conta com a parceria da Associação Atitude e Vida de Fraiburgo e com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa.

A solenidade de abertura contou com a presença do deputado José Nei Ascari (PSD), presidente da comissão. O parlamentar falou sobre a importância de atuar em parceria com entidades já constituídas em Santa Catarina, que atuam fortemente na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. “Neste evento regional, o Legislativo se faz presente no sentido de apoiar e contribuir, a partir das ações da comissão, para que eventos deste porte possam viabilizar a capacitação de profissionais que atuam nas escolas, instituições e no atendimento direto com crianças portadoras do transtorno do espectro autista”, frisou.

Envolvida há 20 anos, com crianças especiais e com autismo, a presidente e fundadora da Associação Atitude e vida, Marlete Serafim Grando, explica que entre as preocupações da instituição o bem estar da criança é prioridade. A educadora destaca que o trabalho para o desenvolvimento físico e intelectual das crianças visa torná-las independentes. “Mesmo com uma ampla divulgação nos dias de hoje, o autismo ainda precisa ser debatido, até mesmo entre os profissionais. Quanto mais congressos, simpósios e palestras com especialistas no assunto, mais oportunidades os pais, professores e profissionais da saúde têm para aprender a lidar com as crianças”, ressalta.   

Palestras
Após a solenidade de abertura, teve início a ampla programação de palestras com especialistas de renome no Brasil, como Egon Frantz, neuropediatra, Viviane Costa de Leon, terapeuta ocupacional e psicóloga, entre outros, que com o seu conhecimento vieram compartilhar as formas de comunicação, influência da meditação, avaliação e intervenções através do programa de Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Desvantagens na Comunicação (Teachh).

Palestrante do dia, o fonoaudiólogo chileno Miguel Higuera Cancino abordou as estratégias para o controle de condutas inadequadas e a estimulação à aprendizagem. Com mais de 27 anos de experiência na área, o especialista em Autismo, Asperge, Sídrome de Down e Sdah, o conferencista internacional falou sobre o método chileno Acme. Segundo ele, a proposta é formar famílias capazes de desenvolver a ação conjunta (AC) e a modulação emocional (ME) por intermédio de situações lúdicas que ajudem seus filhos a se comunicarem melhor, desenvolvendo a capacidade de brincar com os outros e controlar suas emoções negativas. Dentro deste propósito, Miguel frisa que a visão pragmática comunicativa, a visão cognitiva, de como se desenvolvem os processos cognitivos e a psicomotricidade, elemento que reúne todas as funções do cérebro, precisam ser trabalhadas.

Durante sua explanação, Miguel explicou que uma das formas de trabalhar com as crianças autistas é manter os pais por perto, sendo que o mundo da criança autista é a família. “Geralmente a visão clinica é manter os pais afastados do tratamento, porém essa postura pode ser vista como um erro, pois as crianças pertencem à família e precisam enfrentar isso juntas. Não como terapeutas, mas como pais preparados para viverem com seus filhos e com o comportamento autista”, explica.

Segundo o especialista, se a família, os educadores e a sociedade não sabem lidar com a criança autista, eles estão produzindo também uma deficiência por não saberem interagir com esses pacientes. “Precisamos capacitar para acabar com o campo minado que o autista enfrenta, na escola, por conviver com pessoas que desconhecem o transtorno. Situações como essas dificultam todo processo de ensino e inclusão. Nosso maior desafio é proteger essas crianças”, destaca.

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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