Lançada, na Assembleia Legislativa, a Rede Saúde do Homem

Antônio Marcos de Souza, presidente da RSH, ocupou a tribuna da Assembleia

Segundo dados do IBGE, no Brasil os homens vivem em média 7,6 anos menos que as mulheres, fato que estaria ligado principalmente aos cuidados em saúde adotados pela população feminina. Para esclarecer os homens sobre importância da realização de exames preventivos e incentivar a promoção de políticas públicas na área da saúde, foi lançada, na manhã desta quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa, a Rede Nacional Masculina de Prevenção e Combate ao Câncer.

A Rede Saúde do Homem (RSH), como também é chamada, foi criada no dia 3 de agosto deste ano, no município de Jaraguá do Sul, tendo como base o trabalho realizado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. O idealizador e atual presidente da RSH é o economista Antônio Marcos de Souza. “O homem cuida da família, da casa, do carro e da empresa, mas dificilmente cuida de si. A maioria somente procura o médico em situação de risco. Além do preconceito, fruto da desinformação, ele julga-se invulnerável, com receio de que o médico descubra algo que vai mal com a sua saúde”, afirmou da tribuna do Legislativo.

Os casos de câncer de próstata, exemplificou, superam em mais de 20% os de mama e nos demais tipos os homens só não superam as mulheres nos referentes ao cólon e reto. A grande maioria destes casos, disse, são plenamente curáveis, desde que descobertos a tempo. “Precisamos desmistificar o conceito de que câncer significa morte. Com os avanços da medicina e a realização de exames preventivos, cerca de 80% dos casos de câncer podem ser revertidos.”

Política democrática de saúde
A Rede Saúde do Homem também pretende incentivar a promoção de polícias públicas em saúde com foco na conscientização da população. “Santa Catarina tem condições de dar um exemplo para o Brasil, criando uma política democrática de saúde, que enfatize o caráter preventivo, com investimentos em orientação sobre os cuidados com a saúde e a valorização da vida.”

Neste sentido, Antônio também pediu apoio dos parlamentares para a derrubada do veto governamental ao Projeto de Lei 368/2013, de autoria do deputado Neodi Saretta (PT), que estabelece objetivos e estratégias acerca dos problemas de saúde do homem. “A Nacional sozinha muito pouco poderá fazer, mas em parceria com as instituições públicas e privadas, lançará a semente, e o Brasil colherá os frutos, de uma mudança cultural e de educação, quanto aos cuidados da saúde do homem.”