Jovens de baixa renda da Capital recebem formação técnica em programação
O projeto Codificando o Futuro atenderá 40 adolescentes do bairro de Canasvieiras e arredores, que farão curso de linguagem de programação no Senai/SC, entidade da Fiesc. A iniciativa conta com o apoio da empresa Softplan, da Fundação Esag e do Projeto Resgate, de Joinville. A aula inaugural foi realizada nesta segunda-feira (03), em Florianópolis.
Os 40 jovens foram selecionados entre 800 estudantes da região e agora contam com essa oportunidade numa das áreas mais promissoras do mercado. “A linguagem de programação é o futuro”, afirma o diretor de Inovação e Produtos do Senai/SC, Roberto de Medeiros Júnior. Segundo ele, essa área terá a mesma relevância que tem atualmente a língua inglesa para as diversas profissões. “A linguagem de programação será uma habilidade que não ficará restrita aos programadores; ela vai avançar para outras profissões”. Nesse cenário, profissionais de todas as áreas terão que ler e elaborar códigos, para utilizar sistemas de computação.
É esta a lógica que rege o curso. “Esperamos que esses jovens sejam profissionais de alto potencial para setores como a indústria e os serviços”, acrescenta Medeiros. “O curso cumpre uma função social e de atendimento a uma demanda de mercado. O codificando o futuro vem atender uma demanda muito latente que é a necessidade de colaboradores da área de TI com a comunidade, com pessoas que não têm a possibilidade de se qualificar profissionalmente. Esse projeto vem juntar essas duas grandes necessidades: o pessoal que quer emprego e o pessoal que precisa de empregados.”
Moacir Marafon, diretor da Softplan, empresa da área de tecnologia da informação e parceira do projeto, foi o palestrante da aula inaugural do curso e destacou as oportunidades que esperam pelos estudantes. “Os alunos vão ter oportunidade, além da parte teórica, de vivenciar o desenvolvimento de softwear. As aulas de programação e de TI serão diárias, além das palestras e exercícios selecionados para que os estudantes possam praticar aquilo que aprenderam na sala de aula”, explicou Marafon.
O curso tem duração de um ano e meio e os estudantes conseguirão o diploma de técnico em programação. Segundo Moacir Marafon, atualmente, a demanda por profissionais é grande, tanto em Florianópolis quanto em qualquer outro lugar do mundo. “A Softplan, por exemplo, tem 140 vagas abertas, das quais 113 são para desenvolvedores. Em Florianópolis, 500 vagas estão abertas para essa área, e o mais interessante é que os salários estão acima da média do mercado. Então, são grandes oportunidades para esses jovens talentos.”
Os alunos farão a formação técnica no Senai e exercícios práticos na Softplan, além de assistirem palestras voltadas para a gestão de carreira e empreendedorismo, ministradas pelo Projeto Resgate. A Fundação Esag é responsável pelas bolsas de estudo. Todo o curso técnico será gratuito.
Luana Morais, de 16 anos, estudante do segundo ano do Ensino Médio foi atraída pelas chances promissoras na área de tecnologia. “Quando eles foram na escola falar sobre o projeto, eu achei muito interessante. Acho que vai me fazer crescer enquanto pessoa, ter um futuro bom. Eu nunca pesquisei muito sobre o assunto, mas tenho vários amigos que estudam e trabalham com isso. Eu quero muito entrar pra essa área, porque esse é o futuro. Programação vai estar em tudo.”
Agência AL