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27/08/2015 - 15h11min

Jornada de Debates da ADI promove valorização do catarinense

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Zefiro Giassi, empresário, palestrante da jornada

A Associação de Diários do Interior (ADI) de Santa Catarina promoveu, nesta quinta-feira (27), a primeira etapa da Jornada de Debates ADI 20 anos. O evento, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Criciúma, ofereceu palestras e debate sobre a valorização do catarinense e a geração de oportunidades. As outras duas etapas da jornada ocorrerão em Chapecó e em Florianópolis.

Nas palavras do presidente da ADI, Ámer Felix Ribeiro, a realização do evento marca um momento histórico para a entidade, que congrega 30 jornais diários, visando fortalecer o papel que a associação cumpre na sociedade. “São duas de décadas de perseverança na busca constante por sustentar o nosso título de canal de comunicação.” Ele frisou que os diários do interior propagam o tema “catarinense de valor” em seus produtos editoriais. “Somando a circulação de todos os associados, chegamos a 70 mil jornais impressos diariamente, que dão amplitude e visibilidade a temas propositivos.”
Dois “catarinenses de valor”, o padre Vilson Groh, presidente do instituto beneficente que leva seu nome, e o empresário Zefiro Giassi palestraram para uma plateia composta de lideranças políticas, empresários e profissionais da área de comunicação.
Marcaram presença no evento o secretário de Estado da Comunicação, Valter Bier; o prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo; o presidente da Câmara de Vereadores, Ricardo Fabris; e o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, entre outras autoridades. A jornada conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa, da Fiesc e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Case Giassi
Zefiro Giassi, neto de imigrantes italianos e filho de agricultores, nascido na comunidade de Ponta do Mato, em Içara, relatou a trajetória de um menino do interior que percorria 5 quilômetros a pé para chegar à escola. Por conta de um acidente na infância que lhe custou a perda da visão em um dos olhos, seu futuro foi alvo de uma preocupação maior dos pais, que o projetaram para ser professor. Em 1950, aos 18 anos, foi nomeado professor na rede municipal e concretizou o sonho da família.
Em 1960, para ampliar o ganho financeiro e sustentar cinco filhos, Zefiro Giassi deixou de ser professor e abriu uma loja de secos e molhados. Com a abertura de capital, em 1964, a Giassi & Cia começou a crescer até se tornar a segunda maior rede de supermercados de Santa Catarina, a 24ª do país. Com 14 lojas no litoral, a Rede Giassi emprega 5 mil funcionários e  fatura mais de R$ 1 bilhão por ano. O segredo do sucesso, de acordo com o fundador, é muito trabalho. “Para quem gosta de trabalhar, o trabalho é melhor que o esporte.”
Giassi classificou a crise econômica atual como uma ‘marola’ em comparação com a época do Plano Cruzado, período de inflação desenfreada e falta de produtos. O empresário contou que aprendeu com aquela crise a controlar fatores como estoque e crédito. “Portanto, toda crise é uma oportunidade para inovar, melhorar e até expandir”, ensinou.
Trabalho social
O trabalho do padre Vilson Groh, que desde 1980 coordena atividades sociais em comunidades periféricas, foi o segundo exemplo de “catarinense de valor” destacado na jornada da ADI. Filho de operário, ele começou a trabalhar aos 12 anos e, como sacerdote, fez uma opção de atuar em prol do empobrecidos. Groh disse que entende que, se o mundo é empobrecido, é preciso recuperar esse tecido social. E a forma de fazê-lo passa pela educação.
“Precisamos investir na juventude frente à problemática do narcotráfico, que hoje é organizado e gera emprego. Na periferia, não podemos falar para a juventude com palavras vazias. Ou apresentamos uma oportunidade concreta, ou perdemos esses jovens para o narcotráfico, porque o Estado não se faz presente nessas áreas com políticas públicas. A única presença do Estado nas favelas é com a polícia, que deveria ser a última a chegar”, argumentou.
O Instituto Vilson Groh caracteriza-se como uma holding social, composta por sete entidades que prestam serviços socioeducativos em comunidades periféricas de Florianópolis. A rede atendeu 5.116 beneficiários em 2014, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos. As entidades contam com 396 colaboradores, 69% com ensino superior. O empreendimento mais recente do instituto é uma rede de apoio à educação em Guiné Bissau, na África, onde são atendidas 1.250 crianças que recebem bolsas de estudo, materiais escolares, alimentação e colônia de férias. “Temos um grande débito com a África que justifica o nosso projeto”, explicou Groh.

Lisandrea Costa
Agência AL

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