Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
10/04/2024 - 19h46min

Intelectual Ildefonso Juvenal da Silva recebe homenagem da Assembleia

Imprimir Enviar
Familiares do intelectual catarinense, que completaria 130 anos em 2024, recebem a homenagem das mãos do deputado Marquito
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

O intelectual catarinense Ildefonso Juvenal da Silva, que faria 130 anos em 2024, foi homenageado pela Assembleia Legislativa, na noite desta quarta-feira (10), em um ato promovido no hall do Palácio Barriga Verde. O proponente da solenidade foi o deputado Marcos José de Abreu, o Marquito (Psol).

Familiares do intelectual e o escritor Fábio Garcia, organizador de obras de Ildefonso, além da Banda da Polícia Militar de Santa Catarina, participaram do ato e foram homenageados. A solenidade contou ainda com a apresentação da banda e de dobrados (canções militares), um deles composto dedicado ao intelectual.

Nascido em Florianópolis em 1894, quando a capital catarinense ainda se chamava Desterro, Ildefonso foi escritor, farmacêutico e integrou a Polícia Militar, onde chegou à patente de major. É considerado um dos primeiros homens negros do estado a se formar em uma instituição de ensino superior. Ele escreveu contos, poesias e peças de teatro, além de inúmeros artigos e crônicas em jornais e revistas. Faleceu em 1965.

“O nosso mandato vem se dedicando a dar visibilidade a negros e negras que deram sua contribuição para o nosso estado, mas muitas vezes são invisibilizados”, afirmou o deputado Marquito. “Ele é um grande intelectual, que nasceu numa época em que o preconceito era maior. Foi uma resistência que colocou a educação como prioridade. Enfrentou as injustiças a partir da sua capacidade intelectual.”

Luiz Fernando Juvenal da Silva, neto do homenageado, emocionou-se ao relembrar as histórias do avô. “Convivi com ele até meus 12, 13 anos e tenho grandes lembranças dele”, afirmou. “Ele tinha muito orgulho de ter vestido a farda da Polícia Militar.”

O subtenente Leandro Torres Barbosa, regente da banda da PM, afirmou que Ildefonso fez várias contribuições à corporação. “A principal delas talvez seja a criação da farmácia da Polícia Militar, de onde surgiu toda a estrutura de saúde da polícia”, comentou.

O escritor Fabio Garcia, autor da obra, classificou o homenageado como um dos grandes intelectuais negros do Sul do Brasil. “Ele foi teatrólogo, poeta, prosador, contista, cronista, que nos deixou uma vasta gama de textos publicados”, disse. “Ildefonso se constituiu como um grande literato, que ligou os intelectuais dos estados do Sul. Esse ato hoje é importante para recuperar essa trajetória e valorizá-la.”

Após as homenagens, houve uma sessão de autógrafos com os dois livros escritos por Garcia: “Ildefonso Juvenal da Silva: um memorialista negro no sul do Brasil (Biografias, Crônicas e Discursos)”, volumes 1 e 2. O volume ficou entre os cinco finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura 2020, na categoria crônica.

Marcelo Espinoza
Agência AL

Voltar