Integrantes das bancadas do PP e do PR desejam sorte ao governador eleito
Deputados do Partido Progressista (PP) e do Partido da República (PR) desejaram boa sorte ao governador eleito, Carlos Moisés, na abertura da sessão desta terça-feira (30) da Assembleia Legislativa
“O momento é muito complicado, têm as Letras, a Invesc, a SC-401, a questão da saúde, o endividamento, quero desejar sorte e muita responsabilidade ao governador”, afirmou João Amin (PP).
O deputado sugeriu que o novo Chefe do Executivo faça os ajustes administrativos necessários.
“Queremos as secretarias regionais fechadas, são cabides de emprego, tentei através de uma emenda eliminá-las, mas não fui feliz na CCJ, espero ter a felicidade de votar esta matéria”, indicou o representante de Florianópolis.
Maurício Eskudlark (PR) também augurou sorte ao governador eleito e ponderou a má conservação das rodovias estaduais e federais, que oneram a produção.
“O governador de Santa Catarina deve ter apoio e oposição, isso é saudável na democracia, mas todos temos de torcer para que faça um bom governo”, declarou Eskudlark, que citou o estado crítico das rodovias que ligam Porto União a Matos Costa e Major Vieira a Canoinhas, além da BR-282.
Falta de medicamento no Cepon
João Amin denunciou na tribuna que o Cepon de Florianópolis, especializado em tratamento oncológico, não dispõe do medicamento Herceptin.
“Em pleno Outubro Rosa está faltando Herceptin no Cepon, responsável por mudar a sobrevida dos pacientes de câncer. São vidas, mais de 300 mulheres fazem este tratamento só no Cepon”, justificou o deputado.
Pedágio na BR-101 Sul
Maurício Eskudlark defendeu na tribuna a concessão à iniciativa privada do trecho Sul da BR-101.
“A concessão é uma necessidade, faço o trajeto Balneário Camboriú a Florianópolis todo dia, com a concessão toda noite encontramos uma obra, um trecho sendo recuperado, a manutenção pelo sistema de concessão é melhor”, garantiu Eskudlark.
O parlamentar ainda opinou que mais praças de cobrança diminuem o valor do pedágio.
“É melhor mais praças e pedágios mais acessíveis do que poucas com o custo mais elevado, com poucas o custo de cada pedágio vai ser muito caro”, alertou Eskudlark.
Guerra do Contestado
Antonio Aguiar (PSD) lembrou na tribuna a passagem da Semana do Contestado, celebrada de 22 a 28 de outubro.
“É uma história viva entre nós, dos nosso antepassados, daqueles que desbravaram o estado, que lutaram para que tivéssemos uma divisa decente com o Paraná. Nossa homenagem aqueles que acreditaram nas suas origens e foram dizimados pelo Exército, os jagunços foram as grandes vítimas, tiveram os motivos para fazer a guerra”, discursou Aguiar.
O representante de Canoinhas também homenageou o folclorista e historiador Vicente Teles, in memoriam, e lamentou a derrubada da floresta colossal de imbuias e pinheiros que os naturais da terra denominavam Bituruna.
“Nossas imbuias e pinheiros foram levados embora, foi a estrada-de-ferro que fez com que toda madeira fosse parar no porto de São Francisco do Sul. Hoje ainda se vive da madeira no Planalto Norte e São Bento do Sul é o município que melhor aproveita isso, com a indústria moveleira”, revelou Aguiar.
Cortes na assistência social
Doutor Vicente Caropreso (PSDB) apelou à bancada federal barriga-verde para que derrube veto do presidente Michel Temer que reduz os recursos da assistência social.
“Apelo a bancada federal para que derrube o veto ao orçamento que retira as condições mínimas dos serviços sócio-assistenciais do país, entre outras coisas reduz o orçamento das Apaes. A proposta prevista para 2019 reduz em 49% o orçamento federal para assistência, um corte de 44% para pessoas com deficiência e 57% para pessoa idosa, serão menos R$ 25 milhões”, denunciou Caropreso.
Mais Cases
Doutor Vicente repercutiu na tribuna pedido do Ministério Público Estadual para a construção de centros de atendimento socioeducativos (CASE).
“O MP pediu mais locais para adolescentes em conflito com a lei, são quase 300 menores infratores que estão por aí, cometeram vários tipos de crimes, como latrocínios, e já pertencem a uma ou outra facção”, advertiu Caropreso, que sinalizou a construção de uma unidade em Blumenau. “Já tem terreno, já tem projeto pronto”.
Ada de Luca (MDB), em aparte, pediu o apoio dos municípios para a construção de unidades do CASE.
“Precisa do apoio dos prefeitos e da sociedade para que permitam essas construções, tivemos até de devolver o dinheiro”, revelou a deputada, referindo-se à época que dirigiu a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC).
Força do legado
Dirceu Dresch (PT) ressaltou a força do legado petista no segundo turno das eleições de 2018.
“Nosso partido venceu a disputa em 2.810 cidades e em 11 estados, não foi suficiente para vencer, mas mostrou a força do legado petista, o PT é um partido de massa e o mais querido pela população”, avaliou Dresch.
O representante de Saudades previu um futuro incerto e garantiu que o país precisa do PT para liderar a oposição.
“O exílio não é minha opção, estarei nas ruas ao lado das forças progressistas para fazer nossa pauta ser respeitada, um pais soberano, um estado a serviço de todos, especialmente dos que mais precisam, com respeito a livre manifestação do pensamento. O Brasil precisa do PT para liderar a oposição e nosso partido saberá fazer as mudanças necessárias para voltar a governar o país”, explicou Dresch.
Segundo professor
Valmir Comin (PP) perguntou como fica a situação da criança deficiente na sala de aula sem o segundo professor em 2019.
“Uma luta está perdendo força, a presença do segundo professor em sala para atender alunos com necessidades especiais. Em Santa Catarina a Lei nº 17.143, de autoria da eminente deputada Luciane Carminatti (PT), foi vetada e a discussão levada ao STF”, descreveu Comin.
Em aparte, Kennedy Nunes (PSD) concordou com o colega e repetiu uma promessa do governador eleito.
“Vou estar aqui cobrando uma das únicas promessas que ouvi do governador eleito, que a vice-governadora tem um filho especial e que a educação especial seria resolvida”, declarou Kennedy.
Agência AL