23/11/2009 - 17h35min
Instituições de Educação a Distância buscam acabar com o preconceito contra o modelo de ensino
O crescimento constante do preconceito contra as Instituições de Educação a Distância, debatido durante um seminário realizado hoje (23), no Poder Legislativo, através da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, resultou na elaboração de uma Carta de Intenções abordando as principais preocupações, uma vez que a rejeição de algumas empresas e órgãos públicos aos “diplomas” conquistados a partir da modalidade está afastando muitos estudantes do sonho de obter uma graduação.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância, Ricardo Holtz, só no Brasil mais de 1 milhão de pessoas optaram pela modalidade. “Uma pesquisa realizada pela associação com 15 mil estudantes, dos 27 estados da federação brasileira, de 59 instituições que oferecem o ensino a distância, revelou que 87% dos estudantes destas instituições estão satisfeitos com o ensino aplicado.” Holtz ressaltou que a “campanha” contra a educação a distância vem impossibilitando que profissionais graduados concorram a vagas em concursos públicos, entre outros prejuízos.
Durante os trabalhos, o Projeto de Lei nº 122/09, de autoria do deputado Professor Sérgio Grando (PPS), que tem como propósito punir qualquer empresa, órgão ou entidade que discrimine cidadãos que disponham de formação superior ou vida acadêmica nas modalidades de Ensino a Distância, foi apresentado. Segundo o autor, essa é uma matéria que se aprovada deveria ser sugerida às demais Casas Legislativas, uma vez que o preconceito está presente em vários estados. Com o apoio do deputado Pedro Uczai (PT), presidente da Comissão, Grando manifestou que vai solicitar agilidade para que o PL possa ir à votação em Plenário ainda esta semana.
A partir do amplo debate, o Conselho Estadual de Educação, a Associação Brasileira de Educação a Distância, a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), a Associação das Mantenedoras Particulares Superior de Santa Catarina (Ampesc), junto com a Comissão de Educação, mostraram a disposição de por em prática ações para sanar esse problema que enfraquece o modelo, atribuindo a ele seu merecido valor. O documento elaborado está direcionado às autoridades que possuem em suas atribuições a garantia do ensino de qualidade à sociedade.
O grupo de trabalho destacou que a modalidade está plenamente regulada e disciplinada pelos órgãos educacionais competentes, principalmente pelo Ministério da Educação e respectivo Sistema de Educação de Santa Catarina, que por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, concluiu que não cabe aos respectivos conselhos repudiar o registro de diploma de quaisquer instituições educacionais, uma vez que elas já têm reconhecimento dos órgãos competentes para formar cidadãos profissionais com o ensino a distância. (Tatiani Magalhães/Divulgação Alesc)