Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
16/04/2010 - 11h30min

Instalação de fosfateira em Anitápolis gera polêmica

Imprimir Enviar
Audiência Pública - Fosfateiras - Laguna
Na terceira audiência pública para discutir a possível instalação da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC) em Anitápolis, Sul do estado, a comunidade da região se posicionou contrariamente ao projeto e mostrou grande preocupação. A audiência aconteceu na noite de quinta-feira (15), no município de Laguna, e foi promovida pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente, da Assembleia Legislativa. De acordo com ambientalistas, pescadores, agricultores e população em geral, o projeto original apresenta falhas que poderão gerar uma série de impactos socioeconômicos e ambientais. Este foi o motivo para o encontro ter ocorrido em Laguna, município localizado na parte baixa da Bacia do Rio Braço do Norte, junto ao complexo lagunar, que poderá ser atingido pela atividade de mineração. Para o presidente da comissão, deputado Dirceu Dresch (PT), o Legislativo está cumprindo seu papel ao oportunizar um amplo debate a fim de prevenir injustiças e problemas futuros. “Nossa intenção não é atrapalhar o empreendimento, mas avaliar se ele é viável dentro da legalidade, principalmente do ponto de vista ambiental”, mencionou. Na condição de requerente da audiência, o deputado Décio Góes (PT) explicou que a sequência de encontros visa esclarecer, em especial para os 21 municípios pertencentes à região, as intenções da fosfateira e possíveis impactos. “Precisamos estudar o projeto e encontrar uma solução. Sabemos da importância desse minério para o enriquecimento do solo, mas nosso estado poderia contribuir muito com o Brasil a partir do adubo orgânico, de dejetos de suínos e aves, que temos em abundância e não é aproveitado”, frisou. Segundo Eduardo Bastos, advogado da ONG Montanha Viva, a reserva de fosfato de Anitápolis desperta interesse de empresas desde 1976, porém, para que a exploração ocorra, será necessária a construção de uma barragem no Rio Pinheiros, gerando uma série de consequências, entre elas supressão de 1,8 hectares de mata, o risco permanente de rompimento de uma barragem, além de comprometer os 21 municípios da bacia hidrográfica de Tubarão. “Temos que aproveitar o momento para debater e apresentar as falhas existentes no projeto, tendo em vista que a licença concedida à indústria está suspensa desde setembro de 2009”, lembrou. Ao se manifestar, o prefeito de Laguna, Célio Antonio (PT), revelou que a falta de detalhes do projeto é um dos principais aspectos que vêm causando preocupação para autoridades e população. “Não podemos correr o risco de comprometer a bacia de Laguna, que cultiva a tradição da pesca e o zelo pelo meio ambiente.” Durante o debate, um abaixo-assinado foi entregue ao Poder Legislativo pelo Padre Aluisio Rheieemann Jocken, da Paróquia Santo Antonio dos Anjos, com aproximadamente 4 mil assinaturas contra a instalação da fosfateira. “Temos certeza de que o empreendimento vai ser prejudicial à sociedade. Da forma como está sendo apresentado, não é viável. Precisamos de mais estudos sobre a estrutura da obra e os aspectos ambientais”, cobrou. Também participou da audiência pública o deputado Kennedy Nunes (PP). (Tatiani Magalhães/Divulgação Alesc)
Voltar