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15/10/2015 - 17h00min

Inovação depende de interação entre indústrias, governo e universidades

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Ricardo Horiuchi, especialista em soluções da Thomson Reuters

A interação entre universidades, governos e indústrias é fundamental para a criação de um ambiente propício à inovação. “As universidade geram conhecimento, mas esse conhecimento acaba em um paper, falta o link com as empresas”, reconheceu Ricardo Horiuchi, especialista em soluções da Thomson Reuters, durante o seminário Gente que Inova, que aconteceu nesta quinta-feira (15), no auditório deputada Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa.

“Hoje quem está vencendo o jogo da competição é quem está fazendo em conjunto”, concordou Sidnei Manoel Rodrigues, diretor do Observatório de Inteligência Industrial da Fiesc. Segundo o diretor, um dos objetivos do seminário é justamente criar conexões entre grupos de pesquisas e os diversos setores da iniciativa privada, como a indústria, serviços e comércio.

Horiuchi citou o exemplo de um estudo da Thomson Reuters para o governo saudita para demonstrar que é possível um alinhamento de todos os elos da cadeia para gerar inovação. “Identificamos as empresas e os grupos de pesquisadores para compor o cenário para saber no que os sauditas eram fortes e no que eram fracos”, revelou Horiuchi, acrescentando que depois de conhecidos e avaliados os dados o governo da Arábia Saudita escolheu em quais áreas investir.

De acordo com Sidnei Rodrigues, Santa Catarina já definiu quais são os setores estratégicos. “Cerca de 30% da produção catarinense têm o mercado externo como destino, vendemos para mais de 170 países e estamos inseridos em cadeias globais complexas, como motores, energia e alimentos”, exemplificou o assessor da Fiesc.

Para o Observatório de Inteligência Industrial da Fiesc, os 16 setores que têm grande potencial inovador são o agroalimentar, bens de capital, celulose, cerâmica, construção civil, economia do mar, energia, indústrias emergentes (viação e indústria ferroviária), meio ambiente, metal mecânica, móveis e madeira, produtos químicos e plásticos, saúde, tecnologia da informação e comunicação, têxtil e confecções, além do turismo.

Falta financiamento
O professor Leonardo de Lucca, da Unisul, questionou os palestrantes sobre o financiamento das pesquisas científicas nos países mais desenvolvidos. “Aqui somos totalmente dependentes da boa vontade do Ministério da Ciência e Tecnologia e das secretarias estaduais, geralmente focadas em universidades públicas”, descreveu de Lucca.

Para Horiuchi, a indústria brasileira não investe como deveria em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. “O financiamento privado é muito forte lá fora. Já no Brasil, nos momentos de crise, como agora, os programas de desenvolvimento tecnológico são cortados e a inovação também”, lamentou o professor. 

Sidnei Rodrigues concordou em parte. “Os investimentos são baixos dos dois lados, parece que não há priorização, atacamos todos os lados, não temos clareza sobre quais setores são estratégicos”, avaliou o assessor da Fiesc, acrescentando que, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), grande parte dos investimentos das empresas brasileiras para os próximos cinco anos estão direcionados à inovação.

Vítor Santos
Agência AL

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