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13/08/2014 - 13h14min

Índice de obesidade na população desperta preocupação na saúde

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Pesquisa divulgada no início deste ano pelo Ministério da Saúde aponta que 50,8% dos brasileiros estão com excesso de peso e 17,5% obesos. Os dados, que vêm despertando a preocupação dos profissionais de saúde, serão tema do 1º Simpósio de Obesidade, programado entre os dias 15 e 16, em Florianópolis.

Durante o evento serão debatidos diversos aspectos ligados ao tratamento da obesidade, como os cuidados com a nutrição, os novos procedimentos cirúrgicos e os cuidados com o pré e o pós-operatório.

No estado, não há estudos oficiais sobre o problema, mas estima-se que os índices de sobrepeso e obesidade na população catarinense acompanhem a média nacional, destacou a médica endocrinologista Cristina da Silva Schreiber de Oliveira, do Hospital Universitário da UFSC, uma das cinco unidades médicas que realizam operações bariátricas em Santa Catarina. “Atualmente, considera-se acima do peso, pessoas de 20 anos com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 25, e obesas acima de 30”.

Devido a demanda, são encaminhados para a instituição somente os casos de obesidade mais graves, que apresentam outros problemas de saúde associados. “São pessoas com IMC acima de 50 e que já apresentam outros problemas decorrentes do excesso de peso, como doenças cardiorrespiratórias, diabetes, angina e artrose grave”.

O procedimento cirúrgico em hospitais públicos, disse, depende de uma indicação feita por equipe multidisciplinar que envolve endocrinólogos, psicólogos e nutricionistas.  “Até 40% dos obesos tem algum transtorno psiquiátrico ligado ao ganho de peso, como transtorno compulsivo alimentar e ansiedade, que precisam ser tratados também”.

Cirurgia não finaliza o tratamento
Considerada pela Organização Mundial da Saúde uma epidemia que atinge cada vez mais pessoas de todas as idades, em 2012, o Ministério da Saúde reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima para realizar o procedimento pelo SUS.

Atualmente, existem diversas técnicas de cirurgias em utilização, sendo a mais comum no Brasil a chamada Fobi-Capella, realizada em cerca de 75% dos casos, e que pode alcançar uma redução de  95% do estômago. Uma das mais modernas, entretanto, é a Sleeve, que tira um pedaço menor do órgão e mantém todas as suas conexões originais, sem desvios nem atalhos. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia (nem sempre disponível pelo SUS) que exige um corte de dois centímetros na altura do umbigo, contra seis da operação tradicional, ressaltou o médico Jeferson Diel, especialista em cirurgia do aparelho digestivo. “A escolha da técnica mais adequada vai depender do peso e da saúde do paciente”.

Apesar de serem considerados seguros, com índice de mortalidade no pós-operatório em torno de 2% e que 80% dos casos revertem em benefícios para o paciente em problemas como diabetes, hipertensão e apneia, as cirurgias bariátricas não podem ser encaradas como a solução definitiva para a obesidade, advertiu Jeferson.  “Não existe milagre quando se fala em obesidade. A cirurgia é apenas uma etapa do tratamento”.

As inscrições para o 1º Simpósio de Obesidade podem ser feitas aqui.

 

 

Alexandre Back
Agência AL

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