Hospital de Concórdia aplicará medicamento em pacientes com AME
O Hospital São Francisco, de Concórdia, aplicará medicamentos em pacientes com atrofia muscular espinhal (AME). O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão de Saúde na sessão de quarta-feira (11) da Assembleia Legislativa.
O hospital será o primeiro fora da capital a oferecer o tratamento. Atualmente, os pacientes são medicados no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.
“Recebemos com muita alegria essa notícia, uma reivindicação de junho de 2020. Semana que vem devem ser atendidos dois pacientes. O credenciamento vai possibilitar que até do Extremo Oeste venham a Concórdia, sem necessidade de fazer uma longa viagem a Florianópolis”, informou Neodi Saretta (PT).
Fabiano da Luz (PT) também destacou o credenciamento e agradeceu o gesto do Hospital São Francisco.
“Notícia muito boa para crianças, famílias e apoiadores das crianças que têm AME. Existia uma dificuldade para aquelas crianças que precisam ser medicadas a cada três meses e precisavam se deslocar até Florianópolis. O hospital encaminhou ao secretário de Saúde a confirmação da disponibilidade para implantação do centro de aplicação de medicamentos e acompanhamento de pacientes com AME”, comemorou o ex-prefeito de Pinhalzinho.
Moacir Sopelsa (MDB) e Nazareno Martins (PSB) também elogiaram a iniciativa do hospital.
“O Hospital São Francisco é um orgulho nosso, lá está acontecendo investimento para mais 200 leitos, será uma dos maiores hospitais de Santa Catarina”, revelou Sopelsa.
“Uma grande vitória”, concordou Nazareno.
Por outro lado, Neodi Saretta lembrou que o Hospital São Francisco ainda aguarda análise de pedido de credenciamento para a área da oncologia.
“Recentemente o hospital inaugurou o serviço de tratamento oncológico para particulares e planos de saúde”, declarou Saretta, que questionou os motivos da alta ocorrência de câncer no Oeste barriga verde. “Precisa um estudo para explicar a altíssima incidência de câncer”.
Vacina x variante delta
Saretta alertou para a circulação da variante delta do coronavírus, uma vez que estudos indicam que é mais contagiosa que as outras variantes.
“Estamos vendo no mundo afora e no Brasil chegando com força, a variante delta, que todos os estudos indicam que é altamente contagiosa e nós temos muita população sem vacina, precisamos que a vacinação ande mais rápida”, avaliou o ex-prefeito de Concórdia, que criticou o Ministério da Saúde (MS) por manter em estoque cerca de 11 milhões de doses
Saretta elogiou o mutirão realizado pela prefeitura de Florianópolis.
“Viraram a noite vacinando e atingiram cerca de 20 mil pessoas em um dia. Quando tem vacina, tem de ir para o braço”.
Revisão do Código Ambiental
Valdir Cobalchini (MDB) anunciou a constituição de uma comissão de deputados para rever normas do Código Ambiental Catarinense.
“Uma comissão mista, com representantes das comissões de Constituição e Justiça, Agricultura e Política Rural e Turismo e Meio ambiente, para, no prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60, propor a revisão do Código Ambiental de Santa Catarina, que é de 2009”, noticiou Cobalchini.
Além de Cobalchini, integram a comissão os deputados Moacir Sopelsa, Milton Hobus (PSD), Fabiano da Luz e José Milton Scheffer (PP).
Sopelsa, Silvio Dreveck (PP) e Nazareno Martins apoiaram a revisão.
“Muitas coisas mudaram, essa revisão não é pensando em prejudicar o meio ambiente, mas para dar oportunidade às pessoas para que façam seus investimentos”, opinou Sopelsa.
“Não se pode aplicar uma lei ambiental no Brasil por igual, e também não se pode querer aplicar o Código Florestal na área urbana”, ponderou Dreveck, que ressaltou a questão do destino inadequado do lixo.
“Em Palhoça tem muito mangue e o mangue é poluído com garrafas pet, jogadas nas ruas e que caem nos rios. Os municípios com mangues deveriam ter tratamento especial”, avaliou Nazareno.
BR-470 x politicagem
Milton Hobus criticou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o senador Jorginho Mello (PL) pela indefinição sobre o uso de recursos do Tesouro dos catarinenses na duplicação dos lotes 1 e 2 da BR-470.
“Infelizmente estamos em uma celeuma, o ministro Tarcísio ainda não confirmou a reunião do dia 17 para definir como será utilizado o dinheiro que Santa Catarina está adiantando. Se o governo federal quer fazer os lotes três e quatro, que se concentre o dinheiro do governo federal nos lotes três e quatro. Peço a compreensão do senador Jorginho Mello para que acabe com essa celeuma política”, apelou Hobus.
O ex-prefeito de Rio do Sul também cobrou do Dnit a manutenção dos trechos da BR-470 que não serão duplicados.
“Não queremos saber de politicagem, queremos que o dinheiro que o estado está colocando faça com que vocês coloquem mais dinheiro para tapar buraco desses trechos que não serão duplicados, porque não conseguimos mais andar”, insistiu Hobus.
Nilso Berlanda (PL), vice-presidente da Casa, assegurou ao deputado Milton Hobus que levará a reivindicação ao senador Jorginho Mello na próxima segunda-feira (16).
Agência AL