18/05/2010 - 15h11min
Homofobia é debatida na Assembleia
O primeiro Dia Nacional de Combate à Homofobia (17) foi comemorado com um debate sobre a violência realizado no Palácio Barriga Verde. O encontro, mediado pela deputada Angela Albino (PCdoB), fez um balanço das conquistas e dos desafios que as minorias enfrentam no país. De acordo com o sociólogo Roberto Warken, representante do Instituto Arco-Íris de Direitos Humanos de Florianópolis, as estatísticas oficiais sobre agressões e homicídios não revelam a realidade, pois muitos delitos não são sequer denunciados ao poder público.
“Somente este mês, 40 homossexuais, entre travestis, transexuais e outros, foram mortos no Brasil”, denunciou Roberto. Na opinião do sociólogo, só mesmo a educação pode mudar este quadro. “Socializar é importante, debater, levar a público”, ressaltou.
Angela Albino é autora do Projeto de Lei nº 229/2009, que deu origem à Lei Estadual nº 15.081/2010, instituindo o Dia Estadual de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. Segundo a parlamentar, “a sociedade tem dificuldade em abordar o assunto, por isso a importância da lei que pretende provocar a discussão e trazer o tema à tona”.
Apesar das dificuldades, a deputada lembra que houve um certo avanço nas últimas décadas. “Muito se avançou em relação ao tratamento das minorias, incluindo mulheres e negros. Mas sabemos que a sociedade ainda trata de uma forma diferente os heterossexuais e os homossexuais”, frisou. (Rossana Espezin/Divulgação Alesc)