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Grupo conservador apresenta carta em agradecimento ao governo
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
Integrantes do G2C (Grupo Conservador Catarinense) estiveram na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (8), para entregar uma carta aberta ao governador Jorginho Mello (PL) em agradecimento à mobilização do governo estadual em prol dos catarinenses que foram detidos ou presos durante as manifestações de 8 de janeiro, em Brasília. A carta foi lida na tribuna da Alesc pelo deputado Jessé Lopes (PL), durante a sessão ordinária desta quarta.
“Essa é a Casa do povo, a Casa deles, e eu tive a honra de ler essa carta, que é um agradecimento ao governador, que gentilmente enviou defensores públicos para ajudar os catarinenses, e por muitos foi criticado por isso”, afirmou Jessé. “Ninguém está aqui defendendo as coisas erradas. Estamos defendendo que muita gente foi presa, detida apenas por perseguição política.”
Integrantes do movimento que foram detidos garantiram que estavam na Capital Federal em 8 de janeiro, mas não participaram da depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes.
A professora aposentada Selma Fernandes Aguiar, de Araranguá, ficou um dia detida na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ela relatou as dificuldades com a alimentação fornecida e as condições do local.
“Pessoas passaram mal, houve pânico, não sabíamos o que iria acontecer”, relatou. “A gente sofre sabendo que tem catarinense preso lá, e que não fizeram nada. Nós fomos revistados pela Polícia Militar, ninguém entrou com canivete, com porrete, com nada na mão que pudesse depredar. Exigimos o esclarecimento desse povo que estava lá quebrando tudo.”
Os membros do G2C relataram que famílias de catarinenses que seguem presos em Brasília estão passando por dificuldades. “As famílias de duas pessoas que estão presas já gastaram o que não tinham, fizeram empréstimo. Está difícil”, disse Paulo Henrique Villa, de Criciúma. “Não cometeram nada de errado, é apenas perseguição política”.
A professora Ana Maria Antônio, de Criciúma, que representa o G2C, afirmou que a vinda do grupo à Alesc é um reconhecimento ao apoio do governador e dos parlamentares de direita aos catarinenses detidos e presos no Distrito Federal. Ela reforçou os valores conservadores e de direita do G2C. “Santa Catarina é referência no país em muitas coisas, e é um estado mais conservador, e a prova real que se somos destaque em educação, segurança, economia, estar à direita é, sim, o caminho certo.”
