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09/10/2012 - 17h09min

Greve dos servidores da saúde é suspensa por 15 dias

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Servidores da Saúde Estadual realizam assembleia no Legislativo Catarinense

Os servidores da rede hospitalar mantida pelo governo estadual aceitaram suspender por 15 dias a greve iniciada na manhã desta terça-feira (09) em toda Santa Catarina. A decisão foi tomada nesta tarde, em assembleia extraordinária realizada pelo SindSaúde, o sindicato da categoria, nas dependências do Parlamento catarinense.
Os grevistas acataram a proposta feita pela Secretaria de Estado de Saúde, em ofício encaminhado na noite de segunda-feira (08) à direção do sindicato. No documento, o secretário-adjunto, Acélio Casagrande, pede à categoria o adiamento da greve por 15 dias para que, nesse prazo, o governo possa avaliar a pauta de reivindicações apresentada na semana passada e apresentar uma proposta aos servidores.
A principal reivindicação dos grevistas é a concessão de uma gratificação, como compensação à redução no pagamento das horas-plantão (HP) pelo governo, devido à nomeação de 611 novos servidores. Edileuza Garcia Fortuna, secretária do SindSaúde, explica as HPs foram pagas para alguns servidores por até 20 anos, como forma de compensar a falta de mão de obra.
“Na média, as HPs representam 75% do salário dos servidores. Ao retirar esse pagamento, o governo não levou em consideração uma melhoria nos vencimentos. O que queremos é a concessão de uma gratificação para compensar essa diferença”, explica. O SindSaúde reivindica o pagamento da gratificação que é paga a funcionários da Secretária de Estado da Fazenda, que varia de R$ 1,3 mil a R$ 2,7 mil.
Um servidor, que preferiu não se identificar, informou que recebia as HPs há 13 anos. “Meu salário bruto cai de R$ 2,5 mil para R$ 1,1 mil por mês sem a HP”, contou.

“Greve não acabou, só foi suspensa”
O presidente do SindSaúde, Pedro Paulo das Chagas, afirmou que a paralisação está apenas suspensa. “A greve não acabou. Aceitamos esse pedido da secretaria em respeito à população e para mostrar que estamos dispostos a negociar”. Ele garantiu que se até a noite do dia 22 o estado não apresentar uma proposta, a greve será retomada na manhã do dia 23. “Nossa categoria segue mobilizada e unida”.
Segundo o SindSaúde, dos 5,5 mil servidores da secretaria, 90% são de atividades hospitalares. A adesão à greve chegou a 60%, de acordo com a entidade.

O que diz o governo
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que, “com a contratação de novos profissionais para suprir a demanda dos hospitais, alguns servidores tiveram a preocupação de ter seus salários reduzidos em função da perda das horas plantão (hoje, os servidores mantêm uma carga horária de 30 horas mais 15 horas-plantão semanais)”.
A secretaria afirma ter assegurado aos servidores “que as horas-plantão trabalhadas continuariam sendo pagas, a fim de que os trabalhadores da saúde não tivessem perda salarial. O governo lembra que a contratação de novos profissionais era um pleito do Sindsaúde”. (Marcelo Espinoza)

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