30/11/2009 - 16h49min
Governo Eletrônico abre seminário sobre tecnologia da informação
O 1º Seminário Catarinense de Tecnologia da Informação (SCTI), que acontece entre hoje e amanhã, no Centrosul, em Florianópolis, foi aberto nesta segunda-feira (30) com uma série de painéis. O primeiro deles abordou o tema “Governo Eletrônico” e teve a presença de especialistas na área. O seminário, que ocorre paralelamente ao VII Congresso Catarinense de Municípios, pretende promover o debate sobre temas recorrentes às administrações públicas, enfocando, principalmente, metodologias de comunicação e tecnologia.
A quebra de paradigma na prestação de serviços foi abordada por Denilson Sell, líder do Centro de Negócios do Instituto Stela. O professor destacou as plataformas de Governo Eletrônico (e-Gov) como sistema de informação: participação, integração, transferência, efetividade, alcance amplo e disponibilidade.
Também os níveis de maturidade de plataformas do e-Gov foram enfatizados pelo palestrante, que organizou da seguinte forma a evolução deste processo: publicação de informações na web, serviços isolados de transações básicas, integração de serviços e acesso através da interoperabilidade, acesso transparente e serviços organizados com convergência temática.
Segundo Sell, o e-Gov permite que cidadão e administrador caminhem lado a lado, numa composição livre de informação e serviços, com conteúdo organizado e gestão de conhecimento. “Projetos bem sucedidos de e-Gov envolvem desenvolvimento das dimensões de tecnologia, processos e pessoas”, avaliou.
Rede Catarinense de Informações Municipais
A Fecam, ciente das dificuldades enfrentadas pelas cidades catarinenses e associações de municípios na busca de inovações tecnológicas para realizar suas atividades e responsabilidades administrativas, criou a Rede Catarinense de Informações Municipais (RedeCIM). E este foi o tema abordado por Emerson Souto, coordenador do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) da federação.
Souto explicou que “a RedeCIM visa criar uma rede tecnológica com as associações e municípios catarinenses através de portais institucionais conectados à internet, que têm como meta divulgar as potencialidades dos municípios e regiões, disponibilizar serviços e informações on-line ao cidadão, além de ser uma excelente ferramenta de marketing e comunicação, buscando, desta maneira, o fortalecimento do modelo associativista municipal de Santa Catarina”.
A RedeCIM é um subprojeto que integra o Projeto de Gestão da Informação e Desenvolvimento Tecnológico. Suas diretrizes foram elaboradas com o apoio das associações de municípios durante o Planejamento Estratégico da Fecam, realizado no exercício de 2004. Seus objetivos principais são a inserção tecnológica, disponibilização de informação e serviços, divulgação das potencialidades dos municípios, transparência e economia.
Ferramenta de Comunicação
A “Internet como Ferramenta de Comunicação” foi mais um tema do primeiro painel do seminário. O professor Nelson Fossati, especialista em marketing público, salientou a comunicação como sendo um processo de informação social, democrático e participativo. Daí a capacidade de, através da internet e suas ferramentas, reunir, distribuir, informar e compartilhar com a sociedade os níveis de informação.
Dentro desta perspectiva, Fossati identificou dois estágios neste tipo de comunicação. O que diz respeito ao político, objetivando visibilidade, demandas, credibilidade e cumprimento de programa de governo, e outro, relativo ao município, que está direcionado ao desenvolvimento, promoção de acesso, informação à comunidade, gestão participativa e vocação natural.
Nesta busca por compartilhamento de informação, ferramentas como Blog, Orkut, Twitter, Youtube, Facebook e Locast foram ressaltadas como novas tecnologias de comunicação. O especialista em marketing público exemplificou a abrangência destes meios ao comparar que o rádio demorou 38 anos para chegar à marca de 50 milhões de usuários, enquanto o Facebook precisou de apenas dois anos para conquistar o mesmo número. “Trabalhar a comunicação, informação, tecnologia e gestão são ações que precisam de uma forma de trabalho integrada para que suas amplas possibilidades sejam realmente atingidas”, argumentou. (Rodrigo Viegas/Divulgação Alesc)