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21/07/2015 - 15h52min

Florianópolis sediará evento de mobilização da juventude latino-americana para COP 21

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Alicia Maria Amancio da Silva e Thaianna Cardoso. FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

Estudantes ligadas à organização não governamental Engajamundo preparam uma conferência para mobilizar a juventude dos países latino-americanos em novembro, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A proposta é levantar demandas a serem levadas à 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 21), que será realizada de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris, na França.

O encontro reunirá cerca de 40 mil participantes. Dentre eles, delegados que representarão 196 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), observadores e membros da sociedade civil. O objetivo da COP 21 é chegar a um acordo internacional sobre como lidar com as mudanças climáticas. Uma das metas é manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius. O documento deve entrar em vigor em 2020, em substituição ao Protocolo de Kyoto.

Eventos preparatórios para a COP 21
A organização do evento em Florianópolis conta com a participação de Alicia Maria Amancio da Silva, de 19 anos, estudante do curso técnico integrado em Saneamento do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), e Thaianna Cardoso, de 26 anos, graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental na UFSC.

As estudantes participaram da conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada em Bonn, na Alemanha, de 1º a 11 de junho, um dos eventos preparatórios para a COP 21. Elas atuaram como representantes da sociedade civil, com o objetivo de apresentar as principais demandas da juventude brasileira. "A experiência foi muito importante. Percebemos que os jovens precisam se apropriar dessa construção do futuro", disse Thaianna.

A baixa representatividade da juventude latino-americana no evento na Alemanha motivou a organização da conferência de jovens pelo clima (COY) na capital catarinense. "Vamos receber jovens de toda a América Latina. A ideia é contemplar a pluralidade e a diversidade da juventude e contribuir para a construção de um acordo mais justo. Queremos levar a voz do jovem latino-americano à COY mundial, ocasião em que será elaborada uma declaratória de juventude, um posicionamento para a COP 21", ressaltou a estudante de engenharia.

Agora Alicia se prepara para representar a América Latina em outras reuniões de articulação da juventude. Uma delas será realizada na Austrália, no dia 29 de agosto. A outra ocorrerá na Itália, em data a ser definida. "Trabalharemos a versão final da proposta de acordo internacional já esboçado na Alemanha."

Premiação
Durante a conferência em Bonn, Alicia recebeu o prêmio Jovem como Agente da Mudança (Youth as Changemaker) por conta da atuação na ONG Engajamundo. Trata-se de uma organização criada por um grupo de jovens preocupados em tornar mais efetiva e inclusiva a participação da juventude brasileira em negociações internacionais relacionadas ao meio ambiente, ao desenvolvimento social e às questões de gênero.

O reconhecimento se deve ao projeto Clic, o movimento de latinos jovens da ONU. Alicia é uma das quatro lideranças que atuam no Brasil. "Apresentamos esse projeto, que está dando certo, para jovens de 120 países no seminário da United Nations Alliance of Civilizations (UNAOC). A proposta é fortalecer a juventude latina nesses espaços internacionais, em que as decisões são tomadas, e trabalhar ativamente na Youngo, um grupo oficial de jovens da ONU."

Expectativa 
Alicia e Thaianna também vão acompanhar a Conferência Mundial do Clima em Paris. "O governo brasileiro tem uma posição de abertura para a sociedade civil nesses eventos. Assim conseguimos acessar os espaços de discussão e participar mais efetivamente. A maioria dos países oferece aos representantes da sociedade civil apenas credenciais de observadores", comentou Thaianna.

De acordo com Alicia, os países têm até o dia 2 de outubro para apresentar o Intended Nationally Determined Contributions (INDC), um documento com as metas para redução, na prática, dos efeitos das mudanças climáticas. "Gostaríamos que o Brasil se posicionasse logo e que a sua INDC fosse ambiciosa, especialmente em relação à energia renovável. Quanto à COP 21, esperamos que todos os países assinem o acordo. Que ele seja justo para os países em desenvolvimento, as pequenas ilhas, as pessoas mais vulneráveis, e que os jovens sejam incluídos."

Os principais posicionamentos defendidos pela juventude, segundo a estudante, são investimentos em energia renovável, o fim do uso de combustíveis fósseis e a criação de espaços de interação entre sociedade civil e Estado.

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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