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13/09/2013 - 13h53min

Florianópolis sedia seminário sobre agroecologia e produção orgânica

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Deputada Luci Choinacki discursa na abertura do evento, na manhã desta sexta (13). FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

O I Seminário Catarinense de Agroecologia e Produção Orgânica teve início na manhã desta sexta-feira (13), no Centro de Formação Sul da Central Única dos Trabalhadores, em Florianópolis. A iniciativa é da Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, coordenada pela deputada federal Luci Choinacki (PT/SC), com realização da Ação da Cidadania, contra a Fome, a Miséria e pela Vida. A expectativa dos organizadores é reunir 600 participantes em dois dias de debate. Com o tema “Caminhos para Consolidação”, o evento prossegue neste sábado (14).

A proposta é envolver representantes de movimentos sociais, poderes executivo e legislativo, órgãos públicos, instituições de ensino e pesquisa, sindicatos e organizações da sociedade civil ligadas ao campo para discutir um novo modelo de agricultura, saudável e sustentável, que valorize a agricultura familiar e promova a redução do uso de agrotóxicos nos alimentos. Atualmente, o Brasil lidera o ranking mundial de utilização de venenos na agricultura.

“Esse seminário é um passo para disseminar sementes, discutindo a importância de se sedimentar na agricultura familiar uma diversidade na agricultura. A orgânica representa mais saúde, com alimentos de mais qualidade e sem insumo agrícola”, ressaltou o deputado Jailson Lima (PT), que representou a Assembleia Legislativa na abertura do evento.

Estarão em debate temas como a contribuição do Programa Luz para Todos ao desenvolvimento rural, os desafios para a assistência técnica e extensão rural, as políticas públicas e experiências práticas, pesquisas voltadas para o desenvolvimento do setor, a Política Nacional de Agroecologia. “É uma oportunidade de reforçar que é possível produzir alimentos orgânicos, dá renda, tem sustentabilidade, traz saúde e alegria para as pessoas. A vida é um dom de Deus. Temos que cuidar melhor dela comendo alimentos saudáveis, nos dedicando a melhorar o mundo em que vivemos”, disse Luci.

Plano nacional
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que deve ser lançado em breve pela presidente Dilma Rousseff (PT), foi destacado pelo chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Onaur Ruano. “O plano vem na perspectiva de articular 125 iniciativas direcionadas para quem já faz produção orgânica no Brasil e para aqueles que serão incentivados e apoiados a fazerem a transição”.

De acordo com Ruano, até 2015 haverá aporte de recursos de aproximadamente R$ 9 bilhões voltados exclusivamente para ações de conversão e fortalecimento da agroecologia. “Nesse processo de ações, o agricultor familiar é um público prioritário. É preciso ressaltar que 70% de todo alimento que está na mesa do brasileiro vem da agricultura familiar”.

Um dos participantes do evento, o produtor João Guilherme Zeferino, deixou de trabalhar com o modelo de agricultura convencional e adotou a agroecologia quando se mudou para um assentamento em Araquari. “O nosso forte é a produção de hortaliças. Também tratamos os animais com homeopatia e ervas medicinais, sem produto químico nenhum. Reaproveitando esterco e urina fazendo compostagens para a recuperação da terra”, contou. “Há anos já temos resultados de uma produção limpa, garantida, sem problema nenhum para a saúde humana. A procura é tão grande que pretendemos continuar e aumentar a produção”.

Realidade catarinense
O secretário-adjunto de Estado de Agricultura e da Pesca, Airton Spies, ressaltou a importância da produção orgânica e agroecológica para a sustentabilidade do modelo de agricultura familiar em Santa Catarina. “Há vantagens comparativas dentro das pequenas propriedades justamente por serem modelos de produção diversificados e, por isso, mais adequados à produção com recursos naturais preservados”, disse.

Para desenvolver o setor, segundo Spies, é preciso superar alguns desafios, como a busca e difusão de novos conhecimentos e tecnologias que permitam produzir alimentos sem o uso de agroquímicos, com o auxílio da extensão rural adequada; a disponibilização dos produtos ao consumidor de forma certificada e garantida, com canais de distribuição viáveis; e a inclusão de alimentos orgânicos na merenda escolar, conforme o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal.

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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